sábado, 26 de dezembro de 2009

1969

Faz muito tempo que me sinto calma, que me sinto... não sei, não acho que exista uma palavra melhor do que calma. Fazia bastante tempo que não escutava The Vines. Muito tempo mesmo. E então, desde ontme, voltei a escutar. E o resultado de voltar a escutar The Vines depois de tanto tempo está sendo um tanto quanto maravilhoso. Eu me sinto feliz, me sinto plena, e The Vines está me ajudando a manter tais sensações aqui. Não que algo na minha vida tenha mudado. Convenhamos, cotinua tudo a mesma merda, mas agora parece que não importa. Que eu não me importo.
As preocupações (des)necessárias foram embora e só deixaram o som do mar no fundo. Só escuto ondas.


I'm felling happy.
And I really don't need a change, I really don't need what's mine.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

We wish you a merry christmas, we wish you a merry christmas

Então, é natal, e eu acho natal uma coisa bizarra. Não pela data em si, mas em como as pessoas se comportam no natal. É hipocrisia demais, falsidade demais, comida demais, vinho demais (na verdade, essa é uma parte boa) dá um pouco de raiva. Indigestão, eu diria.
Passei o natal jogando Call of Duty na casa da minha avó com os meus primos e meu irmão. Nem preciso dizer que fui morta umas 50 vezes e matei, no máximo, umas 2. É, falta de coordenação motora resulta nisso.
Na verdade, não sei porque estou postando aqui. Acho que natal me deprime um pouco. Na verdade, dezembro me deprime muito. Fico feliz por não ter nascido em dezembro, seria estranho.
Enfim, como eu sou uma vizinha chata que gosta de atrapalhar a comemoração dos outros, vou ouvir algo como Strokes bem alto.

Feliz natal pra todos vocês!

ps: Pra quem está entediado como eu e quer dar umas boas risadas eu recomendo que vejam esse post do Não salvo, blog cujo sou fã de carteirinha e um dos melhores blogs de humor. Espero que gostem!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009


- Sinto sua falta.
- Tenho saudade de acordar ao seu lado todas as manhãs.
- Do que você está falando? Você nunca dormiu comigo.
- Então você pode imaginar o quanto eu sinto falta disso.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Dark is the Sky.

Está tudo tão limpo. É claro que o céu hoje resolveu chover, chover muito, e ajudar a causar 4 acidentes de carro na entrada da minha cidade - um deles um pouco antes -, três deles envolvendo motos, mas não me importo. Não sei se é o fim do ano, que nunca foi tão desejado e esperado por mim, ou se são as férias, ou se foi o tempo que me deu calma, exatamente como eu acreditava que ele não faria, mas nada me preocupa. Só quero ficar em casa cercada por filmes e livros e Beatles.

Mas eu sinto falta de escrever, quero muito que o ano novo traga minha criatividade de volta.




There were birds in the sky, but I never saw them winging, no, I never saw them at all, 'till there was you.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Sádica conversa das seis da tarde.

Venho tendo sonhos. Com você, obviamente, Não que seja uma novidade, não é, ambos sabemos, mas eles têm acontecido com mais frequência. Não sinto mais e necessidade de falar a você sobre. Sim, antes eu tinha essa necessidade, achei que talvez a beleza estonteante e romântica deles fariam alguma diferencia. Talvez faria mesmo, mas não me preocupo mais com o que a maioria das pessoas "loucamente apaixonadas" se preocupam. Depois de um tempo isso passa, pelo menos pra mim passou. Perguntas invadem minha mente. Me deixam louca.

Ela não sabia como se sentia, como se sentir. As pessoas perguntavam como ela estava e ela não sabia, não poderia saber, já que até um canto a mais ou a menos de algum pássaro fazia uma grande diferença. Tinha atingido o limite. A linha que separa o quase do é, a vida da morte... Drama demais. Sentou no sofá vermelho e olhou para a janela, janela que mostrava a cidade, que abria os olhos para o novo dia aos poucos, meio atordoada, meio cansada de suportar tudo novamente. Pensou sobre a cor dos olhos, o cheiro e o gosto dele, e como isso tudo transparecia nas fotografias que eles tiraram juntos. Em como isso transparecia nas fotografias que ela tirou dele. Sorrisos doces e sinceros. O café esfriou, assim como outras coisas. Precisava de companhia. Escolha aleatória, acabou tirando o vinil da Piaf. Perfeito para o momento. O café frio descia suavemente pela garganta, fazendo uma dança com o coração, que estava prestes a sair, o acalmando, dizendo a ele que aquela não era a solução. Mais dúvidas para o pobrezinho. A quoi ça sert l'amour? Percebeu que o gato cinza não estava por ali, com seus olhos amarelos e hipnotizantes, miando para ela, pedindo um pouco de atenção. Essa era a diferença entre os dois. O gato clamava por uma atenção que ele jamais seria capaz de dar, e ela, ah, ela se contentava com muito pouco. Sempre foi assim, meio perdedora, meio cansada. Olheiras, devaneios e ele. Essa era ela, e a falta de atenção não a incomodava nem um pouco. Ele teria que ir, eventualmente. Ele era assim. Evitava. Quando percebeu, estava sentada no chão, com o álbum de fotos e o caderno verde água no colo, com algumas palavras anotas em uma letra ilegível para outros e apenas feia para ela. Ali estava o gato cinza, apreciando o acordar da cidade, exatamente como ela fazia minutos atrás. Desejou dar uma volta. Sem companhia. Vestiu o casaco verde que ele tanto elogiava e saiu do apartamento gelado...

E eu postaria o final do texto aqui se não tivesse me parecido demasiadamente piegas. Deveria desistir, mas tudo bem, porque "escrever é apenas uma questãod e Sol", e o Sol não anda muito presente...
Não mais.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

But leaving now would be a good idea.

But, darling, when I see you, I see me.

Eu me sinto irritada o tempo inteiro, e quando eu vou procurar por lembranças pra acalmar minha mente, não encontro. O fato é que eu perco pessoas, e perco, e perco, e perco... Depois não as reponho. Porque pra ser sincera, é assim que acontece nas relações sociais. Eu estou cada vez mais sozinha, e isso é bom, eu não ligo. Eu gosto de estar sozinha e, se porventura assim ocorrer, eu tenho certeza que vou gostar de ser sozinha. A culpa não é minha por perdê-las. Elas se perdem de mim e a vida segue. Eu gostanto de admitir ou não, não me esforço por porra nenhuma, e não é agora que vou me esforçar. E não, a falta de pessoas não deixa a vida mais amarga do que ela é naturalmente.

Let it be, deixe estar.

Amor é muito bom, mas às vezes - na maioria delas - eu prefiro ser assim, meio vazia.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

"Não foi como amor a primeira vista. Foi mais como uma atração gravitacional. Quando o vi, de repente não era mais como se a Terra me mantivesse aqui. Era ele, e nada mais importava além dele. Eu faria qualquer coisa por ele. Me tornaria o que ela precisasse que eu fosse. Uma amiga, amante, protetora ou irmã."




Foi como um mar de esperança e loucura.

terça-feira, 24 de novembro de 2009


Já não me permito mais. Não me permito mais pensar. Em nada.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

The planets bend between us

Eu queria escrever um texto pra você, mas estou tão atordoada que sempre que vou pensar nisso, só consigo lembrar de exclamações, sorrisos e fogos de artifício.

E eu, que nem sequer te conheço, me sinto fatigada só de ler teu nome.
1.6

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

I just have to wait and see

Tem um dia que você acorda e percebe que não está chegando em lugar algum. Não há nada bonito nisso, nem poético. Muito pelo contrário. É só 'platonicismo', isso existindo ou não. Tudo. Seu coração só bate por coisas que não chegarão a lugar algum nunca e você daria tudo pra ser uma dessas pessoas reais que gostam de coisas reais e andam de mãos dadas por ai com um sorriso estampado em seus belos rostos. Você daria tudo para ser ela. Mas você não é. E nada muda.
Isso tudo é muito estúpido. Todo mundo sabe. Elas olham para minha cara e elas veem o nome dele estampado em todos os lugares, em casa espaço. E o que eu posso fazer? Depois que invade a alma, não sai mais, nada faz sair. Eu lembro dos poucos encontros. Patético. Isso me consome e consome e consome... e eu não me sinto mais. Ninguém leva muito a sério, é até engraçado. Pode ser sonho, mas não significa que não é real. Significa sim. É real. Digo, daqui a cerca de 11 dias isso tudo completará 1 ano e 6 meses e o que eu ganhei com isso tudo?
Só os sonhos mais lindos que alguém pode ter.

Segui-te repetindo mil vezes que te amava. Confessei a cada flor que me cercava, a cada estrela que luzia no céu. Minha alma vinha aos meus lábios para voar a ti nessas abençoadas palavras: eu te amo! Tudo em mim, meus olhos cheio de lágrimas, minhas mãos súplices, meus cabelos soltos, se tivessem uma voz, falariam pra dizer-te: Ela te ama!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Nunca será.

Tem tudo isso sobre viver nas sombras, ninguém entende, então consideram drama e vão embora. Estão do lado de fora. Não são eles que escutam palavras afiadas e veem coisas, coisas extremamente injusta que partem não só o coração como também todos os outros órgãos. Acaba com a felicidade e esperança mas está tudo bem, porque não tem nada a ver com ela. Para que se preocupar? É só uma questão de tempo para todos nós queimarmos, inclusive a abelha rainha. Não ter com quem falar. Passa o tempo e todos mudam. Perdem a noção do certo e do errado e se deixam conduzir.

Estava sentada lá a muito tempo, diziam os vizinhos. Olhos marejados que não se permitiam e sem vento nos cabelos. O fiel cachorro ao lado observando tudo, quieto, mansinho. Pensava sobre tudo que já lhe havia acontecido, tudo que não havia acontecido. Não gritava. Não sentia vontade de gritar. Queria subir as escadas e encarar, mas não sabia como fazê-lo, já que nunca havia feito-o durante todos esses anos. Sol forte, céu azul, com muitas nuvens. Pedir por tudo isso não adiantaria, nunca adiantou. Chorar também não.
Mas ela nunca deixou de pensar na graciosa ave. Nem na maldita abelha rainha.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

How could this be done?


Não agunto mais essa droga da layout.
Mudanças estão por vir.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A different kind of sickness

Todos que me conhecem ou acompanham o Mixórdia (ou até mesmo meu twiter) sabem da minha paixão desenfreada por uma das melhores banda atuais do mundo, o The Horrors.
Não vou me estender muito, mas uma das coisas que eu mais gosto é de ver os vídeos das bandas que eu gosto. Entrevistas, shows, clipes e tudo mais. E uma das coisas que me fez fica apaixonada por Horrors (além da banda ser maravilhosamente incrível) foi justamente o clipe de She is the new thig, do primeiro cd deles, o Strange House. Anos se passaram e eles lançaram o cd novo e, com isso clipes novos.
Hoje entrei no site deles pra saber das novidades e vi que eles lançaram outro clipe. Vi e, por mais óbvio que seja isso, amei. Então recomendo a todos vocês que vejam o clipe também e deliciem-se com uma das melhores bandas da atualidade.



sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Não tinha teto, não tinha nada.

Moro em uma pequena cidade localizada no distrito federal. Pequena mesmo, sabe. Na verdade é mais uma província que uma cidade. Só 170 mil habitantes, mas tudo bem. Eu lembro dos meses de ouro em que nós tínhamos um loja de cd's no nosso minúsculo shopping. Era bom poder comprar meus queridos cd's aqui mesmo, sem precisar me deslocar para a minha querida e linda Brasília. Até que a loja de cd's fechou. Eu era muito novinha então não percebi o impacto que isso iria fazer na minha vida adolescente. Anos se passaram e ninguém viu uma nova loja de cd's aqui.
Para completar, essa cidade não tem um sebo. E sim, caros amigos, tem como piorar: Não tem uma livraria! Sim, não temos livraria, sebos ou lojas de cd. Sem contar que nós, pessoas com uma cultura mais... digamos, elevada, nós, que não nos rendemos ao funk ou a Claudia Leitte, não temos um lugar para o lazer. Sim, não temos. Não temos pubs ou casas de show, então temos que nos contentar com uma pequena praça logo ali, um estádio de futebol e uma Lojas Americanas.


Até hoje me pergunto como eu não fugi.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Minar

Toda essa chuva levou minha força de vontade embora.
E agora eu só quero dormir durante, no mínimo, quatro dias.
Direto.

domingo, 18 de outubro de 2009

It's all happening.

Seus olhos castanhos provavelmente ficam mais hipnóticos quando invadidos pela luz do Sol. Eu os sinto em cada raio que toca minha pele. O vento fica mais fraco, fica desnorteado, ao passar pelos seus cabelos negros. Eu percebo isso pela brisa que geralmente me atinge. Sua voz bela, ao falar e cantar ecoa livre e doce pelos espaços vazios do meu coração, que bate mais forte - e por vezes mais fraco - ao ouvi-la.
A cada segundo meu sentimento transcende as noções aritméticas do tempo e do espaço, e eu me sinto bem, pois assim é, deve ser, será e não há outra forma. Por mais que falte você no nós, estará sempre completo, pois é amor.
Suas camisetas listradas, livros de filosofia, telescópio, violão, disfunção emocional e todo o resto mostram a mim, cada dia mais, que, mesmo "longe", a sintonia existe, e que suas belas mãos de pianista o tornam mais magnífico do que todos os asteróides que passeiam belos e livres pelo universo.

Eu não esqueci, nunca vou.
01:01
Quase 1.5

You sing and I'm killed. I'm just not the same as I was (more then) a year ago and each minute since then.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

WTF?

(Esse post não significa uma volta.)
A história é a seguinte: Fui feliz e saltitante acessar o Move That Jukebox ainda agora e, quando vi os dizeres "Clipe: Arctic Monkeys - Cornerstone" surtei, surtei mesmo, porque eu geralmente surto com essas coisas. Então, depois do surto, abri o clipe com toda a empolgação que havia dentro de mim e vi o clipe. Juro que ri do começo ao fim, além de ficar o tempo inteiro me controlando para não fechar.
Não sei se cosneguirei respeitar Arctic depois disso (mentira, conseguirei) mas como disseram no MTJ, o clipe de Crying Lightning (que também é deveras horrível) virou uma obra-prima da história dos vídeo clipes.
Vejam por si mesmos:

Sério, como lidar?

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

É o fim.

Eu não consigo mais escrever, e, por mais que eu ame isso mais que tudo, cansei de tentar. Venho percebendo como esse blog perdeu totalmente o foco inicial e como parece um diário. E, sinceramente, entre ter um blog extremamente-pessoal-e-que-eu-odeio-com-todas-as-minhas-forças e abandoná-lo até eu conseguir escrever algo decente, prefiro a segunda opção.
Esse abandono pode durar dois dias, dois meses, dois anos, I really don't know, mas eu não suporto mais, não consigo mais.


Se alguém realmente lê isso, eu peço desculpas. E espero voltar o mais rápido possível.


Eu vou me antecipar, pomares vão nascer, e eu torço pro amanhã vir enquanto durmo...

sábado, 10 de outubro de 2009

And I do believe it's true.

Nem parece que eu chorei, nem parece que eu quis chorar.

Essa minha mania de achar que deveria sentir outra coisa, me sentir de outra forma, estar de outro jeito é tão... desnecessária.

Mas o que importa é que, quando eu penso em você e eu, eu penso em nós separadamene. Como você, como eu. Não mais como nós.

Até porque, de certa forma, nunca houve nós

E agora a única coisa que dói e que eu precisei de tanto tempo e de tanta ajuda pra perceber que eu sempre soube disso tudo. Tudinho.


Casa caiada, não sou mais quem fui...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Stand up like a man.

Eu falei algum tempo atrás sobre o The Dead Weather, ai nesse meio tempo eles lançaram o cd e clipes, clipes e mais clipes.
Eis que eu estava feliz navegando no youtube quando decidi ver os clipes deles. Estava meio distraída quando começou o clipe de "Treat me like your mother"

Não tem muito o que falar, porque não tem como explicar a perfeição desse clipe. Primeiro que o Jack White (hearts and hearts) e a Alison (more hearts) atuam no clipe. Segundo que... Enfim, vejam. Vocês vão entender exatamente o que eu não consigo explicar por meras palavras.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Hélio me entenderia.

Hélio estava certo ao dizer "O chão não vai cair nem a distância nos partir..."


Vai apenas me partir.

Olha só a cor.

É incrível como um relacionamento pode dar fim a tua vida.
É incrível como o fim de um relacionamento pode dar fim a tua vida.
É incrível como a ilusão de um futuro relacionamento pode dar fim a tua vida.



Ou início.




2.

domingo, 4 de outubro de 2009

Twenty years

Eu sei que é amor, e é exatamente por isso que eu não peço nada em troca. Mas realmente deveria fazer diferença quando alguém te ama.


Deveria mesmo.


Por tudo que eu quis que desse certo e deu errado.
Por basicamente tudo.

Pentágono.

Estágio 3: Aceitação.

Queimou rápido demais. Nem fez barulho nem nada, só uma pequena fumaça que me impediu de ver o que era, o que estava acontecendo.
Era tudo ou nada, e seria muito bom se você tivesse a coragem que aparenta ter em todos os seus poemas. Não pra mim.
Você queria fogo e você teve. Depois foi.
E eu realmente amo o som de você indo embora.


01:01.
E enquanto eles se sujam, eu lavo o cara.
Por que um dia... ah, um dia....

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Hearts will never be practical.

Não dá pra competir com isso, sabe. São muito bonitos, simétricos, perfeitos, próximos, juntos. Sou competitiva só na teoria, porque na prática, nunca acho que algo valha tão a pena assim. Nesse caso eu até acho, ou melhor, sei que, mas sinto-me demasiadamente cansada de esforços - em vão ou não -. Prefiro ficar com o meu rockstar de cabelos vermelhos e colete da mesma cor, com sonhos de papel e céu não mais rosa. Posso fazer algo, mas não quero, não vou.
Ser chamada dessa forma, com esse 'a' no final que, por mais singelo que seja, faz uma puta diferença, não deveria me incomodar - como não fazia - mas me incomoda, porque no fundo eu sei que nunca serei sortuda o suficiente. Isso é, se tal coisa como a sorte, ou destino, ou algo do tipo existir.
Quero continuar acreditando - mesmo tendo conhecimento que não é assim que funciona - que ao morrer, vou virar poeira estrelar. Vagar pelo espaço, seja lá por onde for, como for, mas realmente seria bonito.


Mas vocês sabem o que meu amado Caio disse sobre coisas bonitas.
E eu não poderia concordar mais.

sábado, 26 de setembro de 2009

Mas a gente nunca conhece.

... Você sabe, até arrebentar as artérias.




Na minha memória - tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

My words fell into the road.

Só me sinto impotente.

Lá, entre todas aquelas pessoas, só uma delas era você. Depois de muito tempo, eu senti, novamente, que te conhecia, que te entendia, e todo aquele papo me fez lembrar dos dias, meses e horas douradas de cinco meses atrás. Não me senti incomodada com a tua presença como outrora, e isso é algo que me alegra, já que eu realmente gosto de você e deles. Deitar lá, na grama suja da nossa cidade e olhar para o céu nublado que, graças, não choveu, e não ver sequer uma estrela em toda aquela imensidão, e olha para o lado e ver tanta gente desconhecida, e olha para o outro ver você, vê-la, ver todas as pessoas que eu considero cada vez mais nesse ultimo ano me fez perceber que está melhorando. Meu céu rosa me abandonou definitivamente e eu ainda sinto falta da beleza dele de vez em quando, quando ando pelas ruas dessa cidade-bairro minúscula e calorenta. Cheia de lembranças. Não sei muito bem para que se destina esse post, talvez seja para deixar arquivado o dia em que meus ombros - e meu coração- ficaram mas leves, mais calmos, menos doídos.

Mas eu ainda me sinto impotente.

domingo, 13 de setembro de 2009

Hold it in front of your eyes once more.

Eu tenho vário pensamentos aqui, pensamentos tão bonitos, tão esclarecedores, tão interessantes... Mas não consigo verbalizá-los, não consigo colocá-los em palavras. E eu sinto, cada vez mais, que nunca vou conseguir fazê-lo.
Certos ruídos me irritam. Meus olhos ardem e eu não encontro um livro que me agrade. Mas continuo sendo. Tenho que. Acho que eu só queria permanecer deitada na minha cama com meu cachorro, acendendo e apagando o abajur.
O que tem mudado são os objetivos, as vontades. As pessoas. E meus cabelos voltaram a cor normal.

E eu não esqueci de você e nem do que sinto, até porque, você está no meu coração. Todas as vezes.

sábado, 12 de setembro de 2009

Tudo aquilo, nada disso.

O amor que você nega é a dor que você carrega.
E sobrou só meu velho vício de sonhar, de pular de precipício.





Em precipício.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Stardust

Os pássaros cantavam em um tom assustado na rua que já havia amanhecido. Os carros passavam fazendo um barulho irritante, atrapalhando os pássaros e acordando-o. A luz do Sol que entrava pela janela batia exatamente nos olhos dela, que mesmo com todo o barulho e claridade, permanecia com os olhos fechados e com o sorrisinho sonso no rosto fino, coberto por sardas e mais sardas. Ele teve dificuldade em abrir os olhos. Lembrou-se que sonhou com dinossauros e prédios. Destroços, barulho, gente morrendo. Essas coisas feias para se sonhar com. Tateou o criado mudo ao lado para pegar o celular. Após alguns segundos, achou e apertou algum botão qualquer. Descarregado. Deitou a cabeça com violência no travesseiro novamente. Precisava sair dali. Não queria olhá-la. Tal beleza o deixava envergonhado. Fazia-o se sentir... sortudo demais, e ele nunca foi do tipo que teve muita sorte. Observou um quadro novo, com algumas linhas roxas e azuis, alguns triângulos e quadrados rosas, que estava pendurado no centro da parede verde musgo à frente. Achou bonito. Viu o nome dela escrito, em letras miúdas, no canto esquerdo. Sempre teve uma boa visão, e foi exatamente isso que o ajudou a vê-la brilhando na esquina da rua do bar, dois anos atrás. Mesmo depois de um tempo consideravelmente longo, sentia, com frequência, de que era tudo um sonho. Meio bonito, meio bagunçado, meio utópico demais pra ser verdade. Lembrou dela noite passada, no vestido cinza e vermelho que ele havia dado a ela, que realçava seu cabelo laranja e suas pintas, que mais pareciam pequenas estrelas. Deu um sorriso torto e se sentiu idiota. O cachorro estava no chão, parado, olhando para ele com cara de deboche, se é que cachorros possuem essa "cara". Sentou na lateral da cama, esfregou os belos olhos castanhos e olhou rapidamente para ela, que ainda brilhava, mesmo depois de duas primaveras. Dirigiu-se cuidadosamente a cozinha com o cachorro o seguindo. Esvaziou o cinzeiro no lixinho e guardou o vinho na geladeira. Antes que percebesse, os dedos longos dela estavam entre os fios de seu cabelo e sua bela voz rouca cantava: Twist your head around, it's all around you, all is full of love, all around you. Ela virou-se, fazendo com que ficassem frente a frente. Deu um beijo tranquilo nos lábios secos dele e saiu quase que flutuando, pegando o pequeno cachorro no meio do caminho e abraçando-o com carinho. Ao observá-la, ele esqueceu até das coisas que ele sabia de coração.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Like Pierrot, the clown.

Respire-me toda vez que você fechar o olhos. Sinta o meu gosto toda vez que você chorar. Essa memória irá desaparecer e morrer. Então, só por hoje, respire-me e diga adeus. How many times? Now I cant look you in the eyes. Vire-se quando perceber que eu estou vindo, pelo menos de vez em quando. Eu não quero mais tentar, pois cada palavra vinda de você é uma mentira.

When I dream, I dream... your lips.
When I dream, I dream... your Kiss.
When I dream, I dream.. your fists.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Acho que me perdi.

Eu devo ir, não há mais sentido. Eu nunca quis ficar, nem naquela época. Queria ir. Queria que você fosse comigo, mas queria ir. Tua casa é tão perto da minha, e a janela do teu quarto fica virada pra rua. Me dá vontade de, em uma madrugada chuvosa, jogar pedrinhas no vidro da tua janela e sorrir com o único sorriso verdadeiro que eu tenho quando você aparecer na janela. Você nem precisaria descer, poderia ficar lá no teu pedestal, olhando e rindo do meu gesto extremamente Romeu & Julieta. Maybe it's time o go. Não vou. Digo, não vou porque não tem pra onde, não tem com quem, não tem como, não tem jeito. Certas coisas são fáceis de abandonar. Certas coisas são difíceis. As ruas dessa cidade estão cheias de recordações, tanto boas quanto ruins, e eu nunca gostei de recordações. Na verdade, abençoados são os que esquecem.
Já não sei se é pior com você ou sem. Eu tento falar, eu tento falar tudo isso, mas você não me escutaria, nunca escutou. Já é difícil encontrar o que não sufoca, e Setembro nunca foi tão bem vindo. Quando eu te ver novamente, não falarei nada. Farei silêncio enquanto o vento passa por nós e nossos olhos se encontrarão. Não deixarei o que estarei fazendo. Se estiver andando, continuarei. Apenas será real se nós nos encontrarmos em meio aos nossos acasos, em meio aos nosso desencontros, em meio a minha saudade. Você irá me tirar para dançar antes que eu deixe a ideia de trazê-lo para minha realidade e queria continuar mantendo-o seguro em meus sonhos.
Eu sei que ultimamente eu só sei falar dessas ausências que ressecam as palmas das minhas mãos, e eu não vou pedir desculpas, afinal, ainda é Agosto. Eu lembro de tudo, de cada bendito e maldito detalhe de tudo isso, ou tudo aquilo. Sei que faz um tempo, e sei que demorou um pouco, mas sinto falta. Comecei a sentir falta tardiamente, e não sei bem do que. Você, momentos, abraços, segurança... Sei que estou despejando tudo isso em cima de você, e está indo tudo de uma vez, e eu me sinto estúpida. Jogo sobre você tantos medos, tanta coisa travada, tanto medo de rejeição, tanta dor, mas só vem, vem, vem, vem e não para. Preciso que você abra seus olhos para eu poder dizer que te amo, como se fosse possível, como se fosse verdade.
Eu tentei evitar, mas recomeçar é doloroso, é complicado, é chato e parece que sempre dá na mesma.
Eu sinto falta de ir à praia a noite, ouvir o barulho das ondas e observar o céu que ficava rosa todo pôr do sol. Nada disso tinha acontecido, meu "coração" pertencia unicamente a outro e eu não me lembro se pensei em você ou não. Coisas menos complicadas.
Não importa se você foi embora. Eu não fui, e não vou. Vou esperar você voltar. Vou esperar anos, meses, semanas, dias, horas, mas vou. Tem um banquinho aqui em frente, e ele é todo colorido, e tem teu nome nele, o nome do meu amor. E ele está aqui só pra você saber que, em qualquer tempo, em qualquer lugar, daqui a quinze anos, não sei, você pode voltar. Sem explicações, só pra olhar o céu de mãos dadas.

sábado, 29 de agosto de 2009

Ele dá e passa.

Não adianta, é cada um por si na sua própria bolha de ar.

Ela já te tocou, eu não. Ela já sentiu teu perfume, eu não. Ela já te beijou, eu não. Ela já te amou, e você também a amou. E eu?


Seja como for. Seja bom, seja bom, seja bom. Seja amor.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Who's gonna save my soul now?

Não sei. Não sei se quero o que eu acho que quero, por que quero, quando quero. Não sei mais o que sentir ou como me sentir com relação a tudo isso ou tudo aquilo. Tudo o que é, foi ou está por vir/ser. Ando esquecendo as coisas, e acabei de esquecer algo agora. Não consigo me dedicar de corpo e alma a nada. Eu achava que eu sabia, mas não sei. Eu não sei de nada, e você também não. Não quero diversão, quero ficar debaixo das cobertas só pensando em tudo que poderia ter sido e não foi, tudo que poderá ser mas não será. Pensando o quão estranhamente normal e estranho tudo está e em como nada que eu falo faz sentido. Em como nada que falam faz sentido, em como meu céu nunca mais ficou rosa, e faz alguns dias que nem azul fica. Isso me faz chorar. Não, não faz. Nada faz. Tá tudo afundando, afundando, afundando, mas a água simplesmente não sai, não sai. Eu não saio, você também não. Vocês.
Mas sei que preciso de gente nova, de uma nova onda de intensidade e de um Poderoso Chefão flamejante.

Preciso de uma folga.

Who's gonna save my soul now? I know I'm out of control now, tired enough to lay my own soul down.

sábado, 22 de agosto de 2009

My bones ache, my skin feels cold.

Você sente frio o tempo inteiro, eu também, e nos juntar nunca esquentou nenhum dos dois. Eu tenho bem claro na minha cabeça de que somos tão... estranhos juntos quanto separados, e isso não me dá vontade de chorar. Poucas coisas dão, no momento. Você não me conhece tão bem quanto eu te conheço, até porque você nunca prestou atenção em mim quanto eu prestei em você. Nenhum deles, ou de vocês, me conhece. Estou tremendo agora por motivos que vocês não sabem. Acho que você nunca me afetou da maneira que ele ou como a chuva me afetam, e isso não significa nada. Todo esse percurso entre a locadora e minha escola só me lembra você e seu ego gigantesco que não deixava ( e ainda não deixa) eu me expressar direito. Eu sou tão boa pra escutar quanto pra falar, mas, melhor do que qualquer coisa, eu sou boa pra esconder as coisas quando quero, e, eu não sei o que você pensa sobre isso, mas é algo realmente útil. Esconder a felicidade é sempre bom, faz com que as pessoas que querem roubar aquilo ou aquele, prestem pouca atenção em você, enquanto você continua prestando bastante atenção nelas, pois sabe quem são. Entrei em um assunto totalmente diferente no momento, e a cada segundo que passa, a cada palavra que escrevo, três saem erradas, até porque estou tremendo muito mais que antes. Entro em pânico facilmente agora, e isso é uma das poucas coisas que não consigo esconder. Mas o que eu quero dizer é que se você quiser fingir, terá que fazer isso tão bem quanto eu. Não duvido da sua capacidade, assim como não duvido que isso não seja fingimento. O fato é que ontem o céu estava incrivelmente lindo no final da tarde. Estava com ar de que ia chover. Havia relâmpagos, trovões... Mas não chove em agosto em Brasília, logo, me empolguei atoa. Enquanto a chuva ameaçava, onde você estava? Alguém precisa te acordar, nos acordar.

I want so much to open your eyes.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Você pode ir na janela.

Acho que não há um momento melhor do que esse, afinal, hoje é o aniversário do que seria quatro meses, e eu amo o número quatro. Sei que você não vai ler, o que me conforta e me dá coragem pra expor tudo isso aqui. Sei que as pessoas que lerão isso não vão conseguir saber, relacionar. Isso me dá coragem pra expor tudo aqui. Eu lembro de tudo como se fosse ontem, dos três dias. 18, 19 e 20 de Abril. 18 pode ser considerado como um dia 'amaldiçoado', venho reparando isso ao passar dos anos, todo dia 18 de Abril é a mesma coisa, incrível. Mas o fato é, o que eu tinha dia 19 que não tenho mais? Ou melhor, que deixei de ter dia 27 de maio. Não acho que isso é uma pergunta que venha regada de dor, sofrimento, tristeza, sabe? Essas coisas pesadas. Não, não é. É só curiosidade, você sabe como eu sou curiosa, sempre fui. Sou movida a perguntas e a respostas. Vejo potencial em você. Eu lembro do dia que eu estava jogando uno com os meninos e você chegou e me abraçou por trás, com os movimentos mais doces do mundo. Essas lembranças que ficaram. Não foi as brigas, as discussões, as lágrimas. O que é ruim passou. Eu lembro de vez em quando, o rancor não me deixa esquecer totalmente, mas isso não importa, nunca importou. Dane-se sua arrogância, seu complexo de superioridade ou sua grosseria. Eu vi um lado de lindo de você, um lado lindo que eu nunca vou esquecer. I see you as you are, I see you're transparent. Você me admitiu que era medo, eu sei que é medo. Medo de deixar que alguém invada tua fortaleza e todo esse blábláblá que pessoas como você e eu temos. Não reclamo, é isso que move o mundo: amor e medo. Mas, pelo menos por aqui, o amor vem primeiro. Não digo que houve amor, também não digo que não houve, que não há. Acho que só vou descobrir isso quando estiver pra morrer, sabe? Por isso parei de falar que amo as pessoas, não posso saber, não posso ter certeza. Mas há algo, sempre houve, sempre haverá. Eu preciso que você encare, que você enfrente. Não sou idiota, sou boa em ler as pessoas, principalmente você. Cinco anos, petit. Cinco. Eu enxergo toda a verdade, e ela consiste em, quase unicamente, medo. Por favor, não seja imbecil. Você não vai encontrar caminho nenhum fora de você, e você sabe disso. O caminho é in, não out. Você não vai encontrá-lo numa garrafa de 88 ou na maconha. Não vai encontrá-lo fugindo. Às vezes me pergunto do que vale um Q.I acima da média se você não faz uso adequado dele. Isso me diverte, na verdade. Nunca pedi pra você mudar, nunca pedi pra ser menos grosso, ou menos idiota, ou menos egoísta... Se gostamos de alguém, temos que gostar por inteiro, certo? Então. Eu sei que nosso relacionamento sempre foi totalmente unilateral, e sei que você sabe também. Mas não me importava, porque o mais importante tava lá, e você sabe o que (ou quem) era esse 'mais importante'. Seria bom se pudéssemos nos relacionar sem sentimentos, sem expectativas, mas as pessoas tem sentimentos e emoções, e não há nada que possamos fazer para retirar tais coisas de nós. Você também tem, não negue, petit. Chegue bem perto de mim, me olhe, me toque, me diga tudo, ou não diga nada, mas chegue mais perto. Não seja idiota. Não deixe isso se perder, virar poeira, virar nada.

Ainda desejo te ver na janela quando passo em frente a tua casa. Seria bonito.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Through the clouds I see

Ela falava, falava e falava, e falava. Ele não escutava, só se preocupava em observar seus olhos chorosos, seus cabelos ondulados, sua pinta na bochecha e sua boca abrindo e fechando. Não ouvia, pois ocupava-se pensando que dia lindo estava lá fora, e que eles poderiam dar uma volta no parque, tirar algumas fotos e sentir inveja dos pássaros que por ali passavam, com suas asas lindas e sua liberdade encantadora e invejável. Ele sabia que ela estava feliz, ele sabia que ela estava chorando por coisas bobas, mas ele não suportava ser o culpado por seus olhos verdes soltarem lágrimas, mesmo que de alegria. Os dedos gelados e longos dele começaram a deslizar calmamente sobre os cabelos castanhos e embaraçados, fazendo-a fechar os olhos. Tocou as bochechas, fazendo-a sorrir. Tocou as pálpebras, a orelha esquerda. Tocou a pinta e a boca, fazendo-a parar de falar. Tocou o lábio inferior ferido, que sangrava. Tocou os lábio fartos de carne e sabor, fartos de sangue e amor, de carne e desejo. Os olhos verdes dela que abriram calmamente segundos atrás, agora fitavam os castanhos hipnóticos dele, com vontade de arrancá-los, para que apenas ela pudesse vê-los, para que apenas ela pudesse sentir o amor que transborda deles. Não se preocupe, ninguém mais sente, pequena. Ele disse de uma forma que a fez fechar os olhos verdes novamente e desmoronar em cima da cama bagunçada e cheia de algo bonito, algo como amor, não sei bem. Ele disse, fazendo-a fechar os olhos, desmoronar. Ele disse, fazendo os dedos gelados e bonitos abandonarem os lábios carnudos que sangravam.

Brown eyes, I'll hold you near, 'cause you're the only song I want to hear.

domingo, 9 de agosto de 2009

Noite Severina.

Só lembranças, completas e perturbadoras, exatamente como lembranças devem ser. Ela sentia e via como se fosse agora. As pernas entrelaçadas, os cheiros se fundindo e confundindo. Primeiro estranha-se, depois entranha-se. Ambos deitados, a cabeça dela sobre o peito magro e amargo dele. Seu ouvido ouvia doce e cuidadosamente os batimentos cardíacos dele, seu cérebro sentia a concentração dele em passar os dedos longos e bonitos sobre o cabelo embaraçado dela. Terror na tela colorida, e carinho nos gestos. Ela sentiu-se igual, única, principal, compatível. Havia outras pessoas no recinto, mas ela não as via, não as ouvia, não as sentia. Ocupava-se unicamente em absorver a respiração descompassada dele, ocupava-se em reparar nas cores. O colchão em que um dia deitaram juntos ainda estava lá. Outros corpos já o usaram como descanso, outros corpos ousaram retirar o incrível cheiro que ele havia deixado ali. Outros já passaram os dedos sobre os cabelos embaraçados dela, mas nenhum corpo a fez esquecer, nenhum corpo é bom o suficiente para fazê-la esquecer.

O amor que você nega, é a dor que você carrega. Ainda temos todo o tempo do mundo. Abençoados são os que esquecem. Não temos todo o tempo do mundo. Astronauta me diz, cadê você? Amor, não sei porque te chamo assim. Bailarina não consegue mais viver. Com certeza você nem lembra de mim. A tempestade que chega é da cor. Eu respiro seu desejo. Temos nosso próprio tempo. Ali sinto tua alma flutuar do corpo. Dos teus olhos castanhos. Ali tão certo, tão justo, só te sendo. Então me abraça forte. Escravo da tua beleza. Me diz mais uma vez que já estamos distantes. Daqui a pouco o dia vai querer raiar.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Cursed.

É, estou um pouco ausente. Estou me dedicando a outras coisas, como fotografia e tudo mais, tá fazendo mais sentido no momento do que escrever, até porque não estou conseguindo escrever, meus pensamentos estão em uma língua que eu ainda não aprendi. Ainda.

Mas não vou abandonar o Mixórdia, não faria isso. Quando a preguiça passar, posto uns textos antigos aqui.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Who the fuck are Arctic Monkeys?

Pois bem, agora que a adrenalina e os surtos passaram (um pouco) venho aqui falar sobre minha banda predileta e seu cd novo, que, por um ótimo e maravilhoso acaso, "vazou" (entre parênteses, como disse André, do Guri Inútil) hoje na internet. Hoje o Arctic Monkeys fez a primeira apresentação de Humbug, o novo cd, que sai oficialmente dia 19 de Agosto, pelo site oficial deles. E desde 16:40 (começou 17:10, no horário aqui de Brasília) eu estava lá, com o site aberto e o coração na mão. No dia 10 de fevereiro de 2009, eu postei aqui um vídeo de Pretty Visitors, um vídeo ao vivo. Nessa época, o Arctic tava fazendo shows e tocaram essa música, que é nova e que está no cd novo, em alguns shows e, desde esse dia, eu espero incansavelmente pelo cd ou pelo menos por notícias e afins. Até que algum dia que eu não me lembro, pois não tenho nada regristrado, eles liberam Crying Lightning, e foi ai que ferrou com muita coisa, pois muita gente não gostou e falou que aquele não era mais o Arctic Monkeys e tudo mais. Não liguei, afinal, Arctic Monkeys é Arctic Monkeys, pra eles ficarem ruins, falta muito, muito mesmo. Eis que eles lançaram um clipe, o que foi uma facada, porque sejamos sinceros, aquele clipe é horrível e o cabelo tá Alex tá gay (sim, admito que tá mesmo). Mas fiquei na minha ainda alimentando minhas esperanças, mas tremendo na base com medo de Arctic Monkeys ficar uma merda, como todos estavam dizendo que ficaria. Ai, até que uma luz surgiu na minha vida, e essa luz foi a apresentação do cd. Digo, se é que isso pode ser chamado de cd. Arte, pura arte. Eles evoluíram muito musicalmente de Favourite Worst Nightmare (segundo cd) pra Humbug (terceiro cd, que eu estou ouvindo agora, by the way). Mudaram? Mudaram, e muito. É uma banda totalmente nova, com integrantes que eu não quase não reconheço mais. Mas quer saber? Eu amei essa nova fase do A.M. Quer dizer, eles não poderiam ser "the new thing" pra sempre. Eles cresceram, o Alex cresceu, e com novas idades, vem novos sentimentos, novos pensamentos. O fato é, eles mudaram, cresceram, e foi uma mudança boa. Continuam a banda incrível que eles sempre foram, com o vocalista incrível que eles sempre tiveram. Agora é esperar dia 19 pra eu poder comprar o cd e ficar babando durante horas.

Confiram o clipe do primeiro single, Crying Lightning:

Ps: No momento, minhas faixas preferidas do cd são: Dangerous Animals, Pretty Visitors e Potion Aproaching. Quem estiver interessando, pode baixar o cd aqui

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Escrever um som.

Eu não tenho grandes sonhos. Não sou uma pessoa de grandes sonhos, sonhos de vida inteira. Até porque eles mudam com frequência. Quero tudo, quero o mundo e quero agora. Grandes sonhos não se encaixam numa vida de desejos repentinos e vontades urgentes. Quero uma vida de teatro, shows e culturas. Galerias, desfiles, conversas. Política, música, dança. Intensidade. Cansei de 15:15, 16:16, 00:00. Quero mais que isso, quero algo mais que pequenas crenças bobas. Quero estantes e mais estantes repletas de romances encantadores. Como já disseram, quero uma verdade inventada. Não quero viver de música, não quero viver de literatura. Quero viver pra música, pra literatura, pro cinema e pra arte em geral, e eu preciso de pessoas que queiram isso também. Não posso desistir, já que um dia, como um sonho, ele apareceu pra mim. Talvez isso tudo importe demais. Talvez com um nome, um rosto, um corpo ou até com uma mente diferente as coisas fossem diferentes. As pequenas coisas fazem uma diferença que me assusta. Na verdade, tudo anda me assustando muito ultimamente. Acho tão bonito as bailarinas girando e girando na ponta dos pés, não deixando transparecer a dor, só para serem lindas e mágicas como são, com suas 'saias' rodadas e suas sapatilhas e suas dores. Isso deveria funcionar, sabe? Girar. Girar deveria funcionar, cantar também. Gosto tanto de perguntas. Tenho pequenos sonhos, sabe? Bem pequenos. Coisas simples, fáceis, bobas. Uma máquina de escrever vermelha talvez seja um dos maiores. Eu lembro que eu tinha mais ou menos oito anos quando eu vi uma linda máquina de escrever vermelha numa revista. Acho que foi ai que tudo começou, essa vida de imaginação. Queria outro nome também. Talvez Elisabeth, ou Pietra, Isabel. Algo bem idade média ou França do The Dreamers. Uma máquina profissional e analógica. Digo, meu pai tem algumas (muitas), mas nenhuma delas funciona. As analógicas são as melhores, e eu sempre achei tão incrível a sensação que deve dar ao revelar as fotos no banheiro ou em alguma salinha escura. Tudo tão vermelho. Melhor que vermelho, só verde. Belief makes things true, things like you, things like you and me.

"Soledad, aquí están mis credenciales, vengo llamando a tu puerta desde hace un tiempo. Creo que pasaremos juntos temporales. Propongo que tú y yo nos vayamos conociendo."

quarta-feira, 22 de julho de 2009

I still haven’t broken the code.

As pessoas não me entendem porque elas não tem interesse nem paciência. Elas não tem coragem pra se aventurar, não tem o desejo de serem sonhadoras e de olharem o céu comigo, olharem pra valer. Acabei de ver, 03:03. Isso não significa merda nenhuma, mas fico nervosa quando vejo horas e minutos iguais. Quer dizer, desacredito que alguém realmente possa estar pensando em mim. Não me sinto digna disso. Eu digito tudo errado e bagunçado (menos aqui) porque as coisas vem rápido demais na minha cabeça pra eu ficar revisando. Odeio revisar coisas. Gosto de criar e ponto, nunca mais saber daquilo (tecnicamente). É claro que eu não quero que as pessoas realmente me entendam, se elas me entendessem, saberiam de todas as minhas farsas e máscaras e pensamentos e sonhos e vícios e desejos e vontades. Teriam a chave do meu castelo e poderiam invadir minha fortaleza, invadir meu interior. Não fiquei 15 anos criando uma fortaleza como essa para alguém ter livre acesso, não tem sentido. Mas eu sou tão simples, tão boba, tão... Adolescente, que me dá raiva. Tudo que é real demais me assusta. Eu gosto de coisas inventadas, coisas dignas de cinema francês. Coisas que podem ser conversadas na cama com um café, um cigarro, uma boa trilha sonora e uma ótima, linda, incrível, fascinante e também digna de cinema francês, companhia. Gosto de coisas coloridas, desenhadas, perfeitamente alinhadas com os defeitos e total e completamente minhas. Gosto de mandar e não ser obedecida de imediato. Gosto de... Cansei de falar sobre o que eu gosto, afinal, quem liga? Nem eu mesma ligo. Queria falar um pouco menos, até porque amanhã vão ao nosso apartamento pintar as paredes do quarto de vermelho e eu amo cheiro de tinta. Espero que caia um pouco em teus cabelos negros, faria uma boa junção. Você, teus olhos castanhos, teus cabelos negros, um pouco de tinta vermelha, meus cabelos vermelhos, o céu rosa no final da tarde e o trânsito da asa norte. Cobertas xadrez, castanhas, morangos, suco de maracujá, chocolate e todos os filmes que gostamos. E o cheiro de tinta vermelha, é claro. Teu cheiro de avelã, meu cheiro de absinto... Parque da Cidade, Por do Sol, Cabíria, Ano Novo... Isso realmente importa? Você não fumaria, para que o gosto da tua boca não mudasse, eu fumaria bastante e muito cigarros diferentes, só para dar um gosto diferente a isso tudo. Isso tudo o quê? Ah, só devaneios, devaneios, devaneios... Café demais, felicidade de menos e overdose de tédio.

terça-feira, 21 de julho de 2009

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Falo sobre tanta coisa aqui. Tanto sentimentos diferentes sobre tantas pessoas diferentes, mas por um motivo ou por outro, fica parecendo que falo sobre apenas um sentimento e sobre apenas uma pessoa. Mas não é não, é só que eu tô confusa e não sei me expressar.

Vou começar a (tentar) aprender a tocar gaita novamente, é bom pra ocupar a mente.


domingo, 19 de julho de 2009

I've seen the brightness in one little spark

Se Chaplin disse que a persistência é o caminho do êxito, eu não vou discutir. E sinceramente, eu tenho todos os motivos para acreditar nisso. Eu escuto o barulho, só preciso começar a ver tudo agora. A dias venho ouvindo o barulho de coisas quebrando, coisas morrendo, pessoas (eu) gritando. A dias venho ouvindo a barulho da bagunça que meu mundo se tornou. A dias venho ouvindo o barulho da destruição. Só que não vejo nada. E se não vejo, como posso saber? Talvez quando as coisas começarem a aparecer, seja tarde para...Tentar resolver tudo. Eu e essas minha mania horrível e impaciente de querer resolver tudo o tempo inteiro, inclusive as coisas que não estão em minhas mãos. Eu não tenho controlado nada (nem ninguém) ultimamente, o que faz com que eu fique irritada e insegura. Eu não tenho conseguido escrever nada ultimamente, o que me deixa irritada e frustrada. Eu ando fugindo muito das coisas, ando ficando com muito medo de fazer a outros o que alguns (um) fizeram a mim, o que continuam fazendo, com muita frequência e intensidade. Mais uma surpresa. É claro que sempre tive um pé atrás com arriscar, porque os resultados anteriores nunca foram bons, mas pela primeira vez estou com medo, medo de machucar alguém, medo de falar tudo que anda engasgado na garganta a dias, meses. E, entre ser mentirosa e ser sincera demais, prefiro ficar calada e me afastar. Perco pessoas com uma frequência assustadora. Eu preciso urgentemente da minha máquina de escrever. Que não seja vermelha então, como sempre foi em meus sonhos, mas que ao menos seja uma. Computador, internet, word, é tudo muito impessoal, muito preso dentro de uma caixa. Quero poder tocar, cheirar, riscar, amassar, jogar fora e rasgar, não apenas ver tudo por uma tela. Imprimir não é a mesma coisa. Computador falsifica. Ano após ano, as mesmas coisas acontecem, as mesmas trocas, perdas, ganhos. Sim, me refiro a pessoas. De todos os 'amigos' que tive em todos esses anos de vida social frustrada, de poucos eu realmente gostava, e ainda gosto, mas sinto falta de todos. Logo eu, que nunca senti falta de ninguém. Em tempos caóticos eu sempre ficava mais fria, mais calculista, mais cruel, como eles dizem. Mas cadê? Cadê essa parte de mim que eu tanto gostava, que não ligava, que era individualista o suficiente para nunca sentir culpa ou saudade. Acho que ela foi embora com todas as músicas que eu costumava ouvir e não escuto mais. Tanto por minha quanto por sua causa. Nem reparo mais nos minutos e horas iguais que eu vejo.

Meu pai ligou o som altíssimo hoje, acordando eu e toda a vizinhança que ainda dormia às 9:50 da manhã. Preciso dormir, preciso sonhar, preciso...Não preciso, nunca precisei. Quero, quero, quero quero. Esse é o único desejo que preenche meu corpo agora. Quero algo, quero tudo, quero qualquer coisa. Só pra depois não querer mais.

Acordei com tal nostalgia de ser feliz. Eu nunca fui livre na minha vida inteira. Por dentro, eu sempre me persegui. Eu me tornei intolerável pra mim mesma. Vivo numa dualidade dilacerante. Eu tenho uma aparente liberdade, mas estou presa dentor de mim.
Internet de merda.
Blog de merda.

sábado, 18 de julho de 2009

Morte constante das coisas.

O que mais dói é não ter alguém que entenda, não ter alguém que me diga algo mais aproveitável do que "esquece", não ter alguém que compreenda que esse é o desejo mais urgente que um jovem coração pode ter, não ter alguém que entenda que sofrer faz parte, e que gostar de você também. Eu sou tão simples, minhas ideias são tão simples, meus desejos são tão simples, meus sentimentos são tão simples. O que mais falta? Pessoas bonitas me deixam insegura. Pessoas caladas me deixam insegura. Pessoas me deixam insegura. Não gosto de parágrafos, gosto de filmes de época, gosto de amores proibidos, gosto de saber que se é final, não é feliz, gosto de verde, amarelo, vermelho e cinza, gosto de árvores e amo o céu com todas as minhas forças. Gosto de gatos, cachorros e pássaros, gosto de nomes e mãos, amo nomes. Gosto de canetas e objetos com aparência surrada. Gosto dos anos 20, 30 e 40, gosto de acentos e de palavras bonitas. Gosto de morango, manga e suco de uva. Gosto de vestidos, de meias, de sapatos. Gosto de seriados e de blogs. Gosto de elogios criativos. Gosto quando falam que eu sou intensa e defendo minhas opiniões com paixão. Gosto de ouvir música baixinho, gosto do céu rosa. Gosto de escrever textos e depois apagá-los, gosto de escrever textos e modificá-los sempre que os leio. Gosto de quadros e de molduras. Amo máquinas de escrever. Amo romances. Gosto de músicas que conseguem modificar meu humor, gosto de músicas que me fazem sentir do jeito que seus textos me fazem sentir. Gosto de ler, gosto de ver, gosto de ouvir, de sentir. Gosto de fazer comida para os outros e gosto de observar as pessoas sentadas em mesas de bares. Gosto de sentar no chão, gosto de deitar no chão e olhar para o teto. Gosto de ter a imaginação que eu tenho. Gosto de vampiros, amo vampiros. Gosto de acreditar que eles podem existir, assim como os super heróis, os mágicos, os lobisomens e as pessoas boas. Gosto do fato dessas coisas existirem. Gosto do fato delas existirem exatamente como eu quero que elas existam, gosto do fato que elas existam só e apenas no meu mundo. Gosto do meu mundo, onde o ar é puro e está constantemente anoitecendo.

Eu escrevo como quem morre, pois eu sei que, mesmo depois de tudo, algum dia ele encontrará aqui todas as coisas que eu não tive tempo de lhe dizer, por falta de presença e por exesso de ausências. Há quem diga que foi por amor.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Guardar o mundo em mim.

Sempre me faltou muita força de vontade, sempre me sobrou o desejo de entender as coisas. Talvez não seja porque não é e fim. Quando as coisas não dependem de você, lutar é, quase sempre, inútil. Eu lutei, lutava, lutaria, mas eu fiquei cansada e minha força de vontade nunca foi o suficiente e para impedir isso de acontecer, talvez eu só não seja do tipo que luta. Coisas boas acontecem para pessoas que esperam. Quero acreditar nisso, preciso acreditar nisso, já que a única coisa que eu faço é esperar. Esperar exercita a paciência, como já disseram. Teria mudado se eu tivesse tentado? Não, sei que não. Na verdade, essa é uma das poucas certezas que eu tenho ultimamente. Estou tentado aprender a ver a beleza na incerteza, mas é difícil. Era mais fácil antes porque eu tinha vontade de sair com os meus amigos e fingir não ter problemas, fazer tudo o que me fazia esquecer. Solução passageira? Sim, mas eu não ligava, o importante era que eu tinha uma folga de vez em quando. Agora não tenho outra vontade além de sentar no sofá e ver filmes, filmes e mais filmes. Sozinha. Look all the lonely people. Companhia se tornou algo supérfluo e indesejável. A única coisa que eu quero e preciso agora é ficar sozinha com os meus pensamentos, normalmente as coisas melhoram assim. Melhor dizendo, as coisas não melhoram normalmente, mas tudo que eu nunca pensei acontecer está acontecendo, o mundo vem me surpreendendo cada vez mais, e não tenho mais coragem de duvidar de nada. O ruim, é que um dia você olha pro céu e vê tantas opções diante de você. Você cansa de esperar e vai procurar por algo novo, com aquele cheiro e gosto maravilhoso que novidade tem e, quando você cansa de esperar, a coisa pelo que você estava esperando acontece. Ela acontece quando você não a quer mais, quando você não tem mais interesse. E você (eu) acaba de se culpando por isso. Don't carry the world upon your shoulders.

Meu coração não se cansa de ter esperança. Um chorar mais sem fim.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Mas quem se importa?

Está tudo bem, acho que sempre foi assim. Nada pra sentir, espero outro dia vir. Eu quero te ligar, eu quero algo pra beber, algo pra encher, algo que me faça acreditar. Sempre ausente, me faz sorrir. Sempre distante, dorme aqui.

Tentei de tudo, não consigo parar.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Because it’s cruel to me.

Eu tenho uma necessidade tão... Dolorosa. Necessidade de você. Não era pra ter acontecido, não era pra eu ter reconhecido, não era pra eu ter reconhecido sua alma especial em um lugar que existiam tantas almas...Mas nenhuma era especial. Como eu falei, em 15 anos, você foi a única pessoa que me encantou. Outros despertaram (e ainda despertam) meu interesse, minhas vontades, minha curiosidade, mas ninguém me encantou. Posso pedir? Eu posso te pedir o que eu tanto cobiço? Não, não posso. Você não me escutará, não é? Sei que não. Vamos, vamos mudar nossos corações pra sempre. Venha, vamos ensinar a essa cidade como beijar as estrelas.

E você fica encantador como gato.

The chosen one

Cada minuto das cinco horas (sim, cinco horas) que eu fiqui naquela fila valeu a pena, cada pessoa que eu xinguei em pensamento por ter furado a fila, os 17 minutos que eu esperei depois de 00:00 para poder ver o filme, o fime que eu espero desde que foi lançado a Ordem da Fenix, toda a muvuca, todo o barulho, toda a espera, valeu a pena. Mesmo já sabendo tudo que iria acontecer, porque iria acontecer, me surpreendi a cada segundo, me maravilhei a cada segundo. Todos os gritos na primeira cena, na última cena, na morte do Dumbledore, tudo, foi lindo, incrível, mágico e...maravilhoso. Mas afinal, quem espera algo diferente disso? É Harry Potter!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Would you believe?

A primeira vez que eu te vi, eu realmente tentei não deixar meus olhos queimarem. A vida não era nada além de um sonho triste, eu não era nada além de uma respiração triste, mas você, você era algo parecido com a areia quando a luz do Sol bate no mar. Melhor se tivéssemos nascido como pássaros. Nós temos tempo para outra canção? Temos tempo para a primeira canção? Seus olhos, eles não estão aqui. Me dê apenas uma. O céu deveria ser diferente. Melhor se eu fosse cega. O tempo nos afoga separadamente. Quero renovar meu abrigo, mas eu só penso. Tê-lo em mim. O que resta? Tão pouco. Não há o que restar, porque rastejar. Há. És meu mais novo. Vacilo. Vou me perder entre a chuva. Cenas do ano. Passado. Você é o garoto do meio do Sol? Gostaria? Quem me dera ser seu. Coração pra fazer-te ter um suspiro. Quem me dera ser, Sol. Às vezes isso fecha. Meus olhos. Vem com o tempo. O Sol brilha no coração. Mais de um ano atrás. Eu nunca cantei. Músicas tão tristes. Como agora. Sua vida é calma? Sem manhãs. Sorrisos. Sem suspiros. Me atinge. Sempre da melhor. Maneira. Vou sair. Vou te encontrar? Talvez. Cadê? Você sorri. Levando. Beleza para todos as partes. Do rosto. Que, por si só. Já é belo. Olhos gostam de correr. O risco e quero. Estar só contigo. Eu nunca vou olhar. Seus olhos novamente. Eu encontrei o mundo. Antigo, rude, livre. Eu preciso destravar. Imediatamente. Urgentemente. Mente. Não deseja descobrir novos mares? Outros mares? Aventure-se, querido. Eu tive coragem. Ela deve secar os olhos. Nós devemos. Posso ler você. No escuro. Vejo pouco, mas é muito. Por que? Nem ao menos. Deu errado. Porque deu saudade. Eu sinto meu coração. Derreter por você. Eu sou tola, meu coração é cheio. De você, de Lua. Ontem era possível. Ver Júpiter. Você viu? Algum dia o Sol trará. Sol nascerá. Novamente. Boca estúpida, não é, coração? Longe de mim com toda. Sua beleza. Não quero. Continuar com. Isso está sem. Sentido em tudo isso? Há. Espero que seja desconexo. Suficiente.

Escrevi ouvindo: Cat Power - Love & Communication

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Sabe, dia 30 de Junho foi aniversário de 1 ano do blog, e eu não lembrei. Sou uma pessoa horrível.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Pierrot.

Eu vou esquecer. Vou esquecer as tardes no parque que nunca aconteceram, vou esquecer as músicas que nunca foram tocadas, vou esquecer as palavras que nunca foram ditas, vou esquecer os sentimentos que nunca foram expressados, vou esquecer os poemas que não foram recitados, vou esquecer tudo que nunca chegou a acontecer. Vou esquecer os planos mirabolantes, vou esquecer os textos, as frases. Vou esquecer Michelle, True Love Way, My mistakes were made for you, Nicest Thing e My sweet prince. Vou esquecer a dança linda que a tua voz fazia com os meu sentidos, que ficavam extremamente desnorteados durante e depois. Vou esquecer as tuas fotos e a beleza do teu rosto. Vou esquecer Caio Fernando. Vou esquecer O Mundo de Sofia. Vou esquecer tudo que eu falei. Vou esquecer o meu desejo mais profundo. Vou esquecer teu sangue, tua alma. Vou esquecer que outras te amaram, te amam e te amarão. Vou esquecer que nenhuma delas o fez, faz ou fará com essa intensidade. Vou esquecer o pedestal que construí. Vou esquecer todos os sonhos, todos. Vou esquecer que você era o algo bonito pelo que eu vivia. Vou esquecer da obsessão por tantas coisas, grandes e pequenas. Vou esquecer que eu não conquistei nada nesse tempo, nem a dor de ser abandonada. Vou esquecer de contar os meses, os anos, os dias. Vou esquecer quanto tempo faz. Vou esquecer o controle que você tem sobre meu sono. Vou esquecer que eu nunca vou gostar do mundo. Vou esquecer que eu nunca vou olhar pra ele com você. Vou esquecer dos blogs, das bandas, dos gostos. Vou esquecer de tudo que consegui descobrir. Vou esquecer de cada singelo detalhe. Vou esquecer do teu sorriso bonito. Vou esquecer dessa necessidade desesperada e urgente. Vou esquecer que amor não precisa de toque para ser amor. Vou esquecer que amor não precisa de reciprocidade para ser amor. Vou esquecer que espalhei para os sete ventos. Vou esquecer que Caio Fernando estava certo. Num deserto de almas também desertas, uma alma especial reconhece de imediato a outra. Vou esquecer das nossas almas especiais. Vou esquecer das pequenas alegrias que aprendi com você. Vou esquecer da oitava letra do alfabeto. Vou esquecer da pequena estrela, do céu rosa. Vou me esquecer pra te esquecer.

Porque foste em minha alma como um amanhecer. Porque foste o que tinha de ser.

03:01

Eu nunca tive, e ainda não tenho, essa atitude derrotista e conformista de "Tudo que tiver de ser, será." Não luto pelas coisas, mas não desisto delas, eu sento e espero, espero, espero. Eu sou do tipo de pessoa que espera. Alguns consideram esperar uma atitude tão inútil quanto desistir, eu discordo. Espero por um navio que nunca irá chegar. Obviamente eu poderia nadar até lá, mas todos nós sabemos o que acontece com gente que nada demais: Elas morrem na praia.


"Should I go or should I stay? My flowers are dying and I'm sick and tired."

sábado, 4 de julho de 2009

Não tenho paicência mais pra escrever, nem pra ler nem pra revisar nada. Não consigo me concetrar. Espero que isso passe logo, sinto falta daqui.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Eu é que pergunto qual melodia, eu...

terça-feira, 30 de junho de 2009

T de Twitter

Após horas de meditação, após pensar, e pensar, e pensar, após perder o sono, consultar os deuses e tirar na moeda (não) fiz um twitter. Eu gosto da ideia, vamos ver se dá certo

http://www.twitter.com/_liiz

segunda-feira, 29 de junho de 2009

I feel it all

Por amor ou por besteira?
Por capricho ou por besteira?

domingo, 28 de junho de 2009

Risos infinitos com esse vídeo. A mãe dele cancelou a conta do World War Craft, o que gerou esse lindo e extremamente cômico surto. Assistam:

sábado, 27 de junho de 2009

When I dream, I dream...

"Já não sou mais criança e desaprendi a cantar. As cartas continuam queimando. Tentei pensar em Deus, mas Deus morreu faz muito tempo. Talvez tenha ido junto com o sol, com o calor. Pensei que talvez o sol, o calor e Deus pudessem voltar de repente, no momento exato em que a última chama se desfizer e alguém esboçar o primeiro gesto. Mas eles não voltarão. Seria bonito, e as coisas bonitas já não acontecem mais."

Caio F.

Menos pozinho

Eu sempre tento entender as coisas antes dos fatos serem concretizados ou sem saber dos fatos. Então acabo tirando conclusões precipitadas e sofrendo/me alegrando antecipadamente. O problema não é esse, o problema é que, na maioria das vezes, eu estou errada, então sofro/me alegro em vão, o que me deixa frustrada (ou não),
Mas agora é fato que o sonho acabou e que the real world call my name. E também é fato que eu, masoquista que sou, vou acabar não indo (não logo).
Enfim, esse blog poderia ser facilmente comparado a um diário bobo qualquer.

Love is old, love is new.
Love is all, love is...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

É!

Não sei o que falar. Só leiam isso.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A falta é irresponsável.

Eu lembro que um dia ele falou pra mim que girar iria fazer as coisas parecerem menos...caóticas. Isso funcionou durante um tempo. Eu poderia ligar pra ele e dizer: Desce aqui, vamos girar juntos e olhar o céu. I need you. Então ele desceria a rua, pegaria na minha mão e me faria acreditar que as coisas são fáceis. Mas eu não tenho mais essa opção. Meu amigo não tem mais tempo para girar comigo, e girar sozinha não faz sentido.



Se isso fosse real, eu, provavelmente, estaria chorando agora. Mas não é, nada é.
"Dai-me outra cor que não seja a do teu olhar..."

24 horas por segundo.

Se realmente existisse um Deus ou algo superior que olha por todos nós, você não existiria, você seria só sonho, só imaginação, só... mentira.
E quando eu lembro que você é real, um vazio se forma em meu peito. E eu sinto, de fato, esse vazio se formando a cada segundo, minuto, hora, dia, mês... ano.

Since 2008.
Se alguém estiver disposto a me dar um gato, eu não vou reclamar.

Será que teu coração transborda?

Tudo que não existe é mais bonito. Como o céu verde no final da tarde de domingo, ou as longas conversas na cama, ou a reciprocidade...

07:07, 18:18, 19:19

"Meus cabelos já perderam a cor, e o coração quase parou..."

terça-feira, 23 de junho de 2009

Cayman Islands

Quando a luz do Sol invadiu o quarto, ela não abriu os olhos de imediato. Ficou deitada na cama quente e macia, com o edredom "verde cor de mar" sobre seu corpo magro e cansado. Desnorteada, pensou em motivos para levantar... Sem sucesso. Tentou, com esforço, lembrar que dia da semana era... Sem sucesso. Só sabia que acabara e acordar do melhor sonho de sua vida. Não se lembrava como tinha sido, qual tinha sido, mas sentia e sabia que tinha sido o melhor de todos. Às vezes você acorda sem se lembrar de nada, só com a sensação de ter tido um sonho, com a sensação de ter tido o sonho. Virou, abriu os olhos lentamente, observou o pequeno céu que agora vivia em seu teto. Com pequenas estrelas, planetas e naves alienígenas, que já não brilhavam. As coisas brilhavam mais no escuro, por isso ela gostava tanto dele. Tirou o edredom, que era a única coisa que mantinha seu corpo aquecido e levantou. O piso de madeira estava gelado, o começo do dia estava frio e o céu estava feio. 06:06 no relógio. "Grande coisa", pensou. Escuta um grito, escuta um grito que vem da cozinha, um grito que diz seu nome. Não responde, não se surpreende. O gato, carente que só ele, vem lhe pedir colo. "Eu preciso disso mais que você, Charles" diz ela, fazendo com que o gato fosse embora. Charles não era insistente, mas era rancoroso, ele iria lembrar disso. Ele foi embora, foi embora insatisfeito, mas foi. Ela faria o mesmo em breve. Outro grito. Mais silêncio. Queria revelar seus segredos, dizer porque não queria ir, porque tinha que permanecer ali, exatamente onde estava. Queria revelar seus medos, seus vícios, seus sonhos. Não. Isso só renderia mais pílulas, e mais pessoas não confiáveis querendo saber o motivo das olheiras, e, quando ela dissesse, diriam que está louca, deprimida e que precisa parar de beber tanto café, parar de beber tanto vinho, parar de poluir seu pulmão, parar de limpar sua alma. Ela diria 'não' e a discussão insuportável começaria. Coisas seriam ditas e novos rancores adquiridos. Acha melhor não. Desce as escadas calmamente, meio que resmungando algo que não se pode entender muito bem. A caminho da cozinha, pega o I pod vermelho que estava carregando e coloca os fones no ouvido. Outro mundo, mais calmo. Músicas escolhidas de forma aleatória. Build Up, Kings of Convenience. Gostava do final dessa música, da voz no final da música. Poderia mandar um carta. Não, não sabia o CEP. Poderia mandar um e-mail. Não, não gosta da ideia. E, além do mais, não sabe se ele é como ela, que nunca verifica a caixa de entrada do e-mail. Suas palavras ficariam esquecidas durante horas, dias, meses anos. Um telefonema estava fora de cogitação. Caso perdido, conclui. Não estava com fome, mas, para não dar motivo para falarem, pega um copo de suco, uma torrada com geleia de morango e se esforça para comer. Vários questionamentos. Como iria passar um mês longe? Como iria passar um mês longe sem deixar a máscara cair? Como iria passar um mês longe de seus amigos, de seus vícios, de seus sonhos? Não existiam sonhos longe dali. Os sonhos dela habitavam aquela minúscula e chata cidade. Sua cidade. Flick your cigarette, then kiss me. "Pega suas coisas, está na hora". Nada de conflitos. Vê tudo ficando para trás. Ela deixa tudo, sem ao menos luta pelo contrário. Drama. É só um mês. O céu estava bonito, o vento estava suave, os pássaros cantavam, mas ela não era parte de tudo isso. Look around, look around. Nada. Já era, já foi. Sem final bonito ou lágrimas e declarações no aeroporto. Nada hollywoodiano. Ninguém pedindo pra sair, ninguém pedindo pra ficar. Só o abandono, só o fim, só o... Já foi.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

I don't fit

Eu gosto de misturar cores, texturas, estampas, sentimentos. As pessoas tem que entender, compreender. Eu sou movida a tentativas, experimentos. Não é questão de ter ou não senso, é questão de ter ou não coragem pra inovar, pra misturar, pra testar. Eu preciso que as pessoas ao meu redor tenham a mente aberta, pois, se elas não tiverem, continuarei me sentindo do mesmo jeito que eu me senti quando cheguei lá. E, entre me sentir assim e trocar de colegas, eu nem preciso dizer o que eu escolho.

Random: Preciso parar de postar aqui compulsivamente.
Vi 0 19:19.

domingo, 21 de junho de 2009

O clima morto.

A junção de Jack White, do White Stripes, com a Alison Mosshart, do The Kills, com o Dean Fertita, do Queens of the Stone Age e do Jack Lawrence, do Raconteurs (que também conta com a ilustre presença do incansável Jack White) deu em uma banda chamada "The Dead Weather" que é muito, muito boa, por sinal. Eles não lançaram muita coisa ainda, até onde eu sei, mas é uma banda que vale muito a pena ouvir.
Pra quem quiser conferir, aqui está o link do clipe do primeiro single deles, "Hang you from the Heavens"



Random: Vi o 22:22 novamente.
Não tem absolutamente nada a ver. E sim, eu vivo postando coisas e apagando-as um, dois, três dias depois.
E eu nunca pensei que a palavra "estrela" ia causar tanta confusão na minha cabeça.


Random: Lembrei de Harry Potter agora, e de como eu quero ver esse filme logo, estou ficando agoniada. E lembrei do show do Kooks, que eu não fui. Consequentemente, lembrei o quão injusta é essa vida.
Frustro-me na internet.
Não sei pra que ainda ligo esse computador.

17:17

Eu gosto muito de verde, é minha cor preferida.
Gostei muito de como ficou.
E eu já postei demais ontem. Deemais.

sábado, 20 de junho de 2009

Sharing a smile

Eu entendo que certas coisas são, e outras não. Eu entendo porque meu céu não fica rosa todo os dias. Eu entendo que, por mais que eu queira, eu não devo subir no telhado da minha casa, nem que seja pra olhar o céu. Eu entendo porque eu não posso controlar totalmente tudo. Eu entendo porque True love Way me faz esquecer de quase tudo. Eu entendo porque não me faz esquecer de tudo. Eu entendo porque me faz lembrar do que eu lembro, de quem eu lembro. Eu entendo que eu não posso ter certeza de tudo. Eu entendo que eu não posso ter tudo. Eu entendo porque essa incerteza me mata. Eu entendo que certas coisas não começam, porque o final delas seria devastador. Eu entendo que eu posso estar errada. Mas eu não gosto de nada disso. Eu entendo, mas não gosto. E não entendo porque eu não posso fazer nada a respeito. Eu não entendo porque nada com relação a isso dá certo.
Mas, com toda a sinceridade que possui em mim, ontem eu vi o 16:16 também. E hoje eu vi o 22:22. 22:22 é o que eu mais gosto, na verdade.
Eu realmente quero, com todas as forças que ainda me restam, ouvir nem que seja o teu silêncio. Porque eu quero andar contigo em um campo, um campo florido, um campo florido que seja tão bonito quanto teu sorriso. Segurar na tua mão de pianista e poder ver você respirar, ou rir, ou sorrir, ou chorar, ou qualquer coisa que você esteja com vontade de fazer. Mas eu preciso das tuas mãos nas minhas.

"Eu preciso muito, muito de você. Eu quero muito, muito você aqui de vez em quando, nem que seja muito de vez em quando. Você nem precisa trazer maçãs, nem perguntar se eu estou melhor. Você não precisa trazer nada, só você mesmo. Você nem precisa dizer alguma coisa no telefone. Basta ligar e eu fico ouvindo teu silêncio. Juro que não peço mais que teu silêncio no outro lado da linha, ou no outro lado da porta, ou no outro lado do muro. Mas eu preciso muito, muito de você."

Despite all my rage

Eu adoro quando as coisas dão errado durante dois dias seguidos, quando as pessoas marcam as coisas comigo e desmarcam em cima da hora, quando elas não atendem o celular, quando os meus dedos e olhos doem por ficar na frente do computador o dia inteiro, que eu ainda tenha que esperar duas semanas para entrar de férias, e que essas duas semanas são semanas de prova, e que nessas duas semanas de prova eu não serei liberada mais cedo e por aí vai...
A sorte das pessoas ao meu redor é que eu consigo controlar minha raiva.


"Se ao menos tivesse certeza de que ele é como os outros, saberia desligar-se dele, logo, deixaria-o em paz. Mas pensa nele como nunca pensou em ninguém antes."
Eu não sou do tipo que cobra. Não cobro nada de ninguém. Cada um dá o que pode e/ou o que quer e fazemos funcionar assim. Não cobro nada de ninguém, porque não gosto que cobrem de mim também. Não funciona muito bem, mas, nesses horas, a sinceridade funciona. Ou melhor, a sinceridade funciona sempre. As pessoas sentem o que elas sentem a acabou, não é culpa delas nem de ninguém. Brigar com alguém por sentimento x não ser recíproco é ignorância. Você não pode cobrar que as pessoas sintam o mesmo que você, é idiotice. Cada um se sente de um jeito, e expressa esse sentimento como melhor o convém. Não sei se eu que sou compreensiva demais (às vezes) ou as pessoas que não são o suficiente, mas elas definitivamente tem que parar com isso, parar de cobrar demais dos outros.

É, eu entendo.
Pode ser que sim, pode ser que não.
Essas incertezas um dia me matam.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Transatlantique #2

Anthony,
primeiramente quero me desculpar por não te escrever, não te responder. Ou melhor, por demorar a fazê-lo. Ando pensado muito sobre algumas coisas, e isso me consome todo o tempo. Aquela última história que você me mandou me fez pensar. Sabe, quando ela vai embora... Me fez pensar. Ele não pode culpá-la por ir embora, por ter achado outro homem, não foi culpa dela, ela foi obrigada a ir, e achar outro foi culpa do destino. Destino cruel, que sempre separa algumas almas - e corações - para juntar com outras almas e corações. Sei o quanto essas coisas doem. Você também sabe.
Começou a época de chuva. O que eu mais amo nisso é que chove, mas o céu não fica nublado. Continua azul e lindo, e o Sol continua a brilhar fortemente aqui fora, o que gera os incríveis arco íris. Sim, no plural. Ontem, por exemplo, apareceram dois de uma vez. Um estava um pouco fraco, apagado, desbotado, e apareceu logo no final da tarde, mas, mesmo assim, foi lindo. O pôr do Sol mais bonito que eu já vi. Você me desculpe por isso, mas foi até mais bonito do que aquele do dia 23 de maio, o que vimos na praia... Aqui parece outro planeta. Essa cidade possui outro céu.
É estranho olhar ao redor e não ver você. Passear pelos campos sem você. Do que vale toda a beleza desse lugar se eu não posso dividi-la com você?

Venha me visitar.

Anita.

quinta-feira, 18 de junho de 2009


"There's a place where I can go
When I feel low, when I feel blue.
And i'ts my mind.
I think of you, and things you do
Go 'round my head."

quarta-feira, 17 de junho de 2009

And the sky was all pink.

O céu estava lindo hoje como nunca visto pelos olhos dessa que vos fala. Estava incrível. Estava laranja, azul e rosa. Nunca me senti tão feliz em ver aquele céu, o meu céu, o meu céu rosa novamente. A ideia de que eu estava indo para casa e que, eventualmente, eu teria que entrar e parar de contemplar o meu lindo céu rosa me matou todo o caminho, que dura cerca de 15 minutos. Foram os 15 minutos mais lindos do ultimo mês. Choveu ontem. Choveu em Brasília no mês de Junho, o que não acontece com muita frequência. Eu estava dormindo quando choveu, isso me deixou frustrada. Talvez essa chuva totalmente fora de época tenha feito o meu céu voltar, o meu céu ficar lindo novamente. Como sentia falta do meu céu laranja, azul, rosa e sua nuances... Lindo. E, só para fechar a tarde, quando estava descendo a rua contemplando o céu e quase caindo, por não olhar para frente, percebi uma estrela. Uma linda, pequena e brilhante estrela. Uma linda, pequena, brilhante solitária estrela. Uma estrela só, fatigada. Eu sempre amei estrelas. Sempre quis ser uma, levando em conta a conotação, não a denotação. E ver aquela pequena estrela sozinha, no meu céu, às 17:55, me fez sentir compaixão, compaixão pela dor dela de ser sozinha. Nesses momentos que a gente (eu) percebe as verdades mais dolorosas e difíceis: Eu sou aquela estrela. Uma pequena estrela sozinha na imensidão de um céu lindo e rosa. Cercada de beleza por todos os lados, mas sozinha. Com o passar do tempo vão aparecer mais estrelas no meu céu, mais e mais estrelas, e aquela linda, pequena e solitária estrela não estará mais sozinha. Ou estará? De qualquer forma, no final das contas, sempre estamos sozinhos. Sempre estou sozinha. Culpa da exclusão que eu mesma faço. (e dos amores platônicos que eu mesma crio)

Ouvindo: Hole - Violet

domingo, 14 de junho de 2009

I'll take it by your side

Sempre achei muito clichê, falso e desnecessário, todo esse negocio de "Sem você eu não sou nada, sem você eu não vivo" mimi e afins. Mas, hoje, eu estava ouvindo Placebo - Without you I'm nothing, realmente prestando atenção na letra, na forma com que o Brian (meu amigão) a canta e tudo mais. E, ao fazer isso, eu realmente percebi que tudo soava muito... verdadeiro. Nada era forçado. Nenhuma palavra, nenhum timbre... nada. Foi aí que eu percebi que eu (e a maioria das pessoas que compartilham da minha antiga opinião) achava falso e clichê porque nunca tive ninguém que fizesse com que eu me sentisse da forma que é bem perceptível que o Brian se sentia quando escreveu essa música. Digo, nunca tive.
Às vezes eu desejo ter uma vida mais intensa, sabe. É isso que falta pra mim, intensidade.


Escrevi ouvindo: Placebo - The Crawl

sábado, 13 de junho de 2009

Asleep or awake

- Queria entender o porque desse teu desejo de ficar um dia inteiro deitada na cama com alguém, só conversando e ouvindo música. Sabe, só fazendo coisas ingênuas... Nada de sexo, nada de terceiras intenções...
- Acho que o fato de você deitar na cama com alguém, e ficar conversando com esse tal alguém durante horas, mostra um grau alto de intimidade. Porque, querendo ou não, a cama é um lugar muito íntimo, o quarto é o cômodo mais íntimo de uma casa. Qualquer um vai até tua sala, ou tua cozinha, mas não é qualquer um que entra no teu quarto, liga teu som, deita na tua cama... Quando você consegue ficar deitada na cama com alguém muito tempo, sem fazer sexo, mostra que a relação foi para outro nível. Significa uma amizade muito pura ou um relacionamento muito apaixonado, muito amoroso. Acho que isso só mostra o que eu quero pra mim, o que eu quero pra minha vida. Quero poder ficar deitada na cama com alguém, falando sobe tudo, ou sobre nada, mas nunca querendo sair dali.

Leia ouvindo: Arctic Monkeys - Too much to Ask

Transatlantique.

Querido Anthony,

Não acho certo você ficar se torturando por isso. Suas histórias são encatandoras e querer vivê-las não é nenhum pecado. Ao lê-las, me senti da mesma forma. O que há de diferente entre nós é que eu consigo esconder minhas vontades, e isso não é algo bom (não sempre). Te invejo por ter sentimentos tão intensos que dão vida a essas histórias encantadoras, você deveria se orgulhar, assim como eu. E como eu poderia me sentir ofendida por isso? Sempre apareço em suas histórias bem melhor do que realmente sou. Fico feliz em saber que realmente pense aquelas coisas lindas sobre mim.
Estou muito entendiada, não há muita coisa pra se fazer aqui. Passo a manhã inteira passeando pelos campos floridos, eles são lindos, me lembram muita coisa. Seria incrível se estivesse aqui para vê-los, tenho certeza que iria adorá-los, principalmente ao pôr do sol. Mas como ia dizendo, não há muito para se fazer. Fico 2/3 do dia na varanda desejando voltar para você.
Sinto falta da nossa cama e das nossas músicas.

Anita.

Suspiros.

São exatamente 2:37 e, além de estar me perguntando porque ainda estou acordada, lembrei que faz tempo que o céu não fica rosa por aqui. Vocês tem ideia do que isso significa?

Eu também não, mas sinto que...Enfim.


Um dia, quando o céu estiver rosa, vou tirar uma foto. Tirar uma foto e anexar junto com a carta. A primeira carta.


Escrevi ouvindo My mistakes were made for you.
São 2:20 da manhã e me veio uma pergunta em mente: Será que eu sou a pessoa favorita de alguém?




E o pior de tudo nessa pergunta, é que eu já sei a resposta.
E ela começa com N e acaba com ão.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Hoje é um dia de nostalgia musical.
Nota mental: Guarde pra você, Lizandra. Até porque só interessa você. Guarde.

terça-feira, 9 de junho de 2009

I'll battle for the sun, sun, sun...

O CD novo do Placebo, "Battle for the sun", saiu ontem na Inglaterra e hoje no estados unidos. I don't kno when eles vão lançar aqui mas estou baixando...
Tenho bons pressentimentos sobre esse CD. Tenho mesmo.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Loose.

As pessoas que perdem seus amores deveriam agradecer. Porque pelo menos elas tem um amor para perder...

E eu?

Eu tenho inveja dessas pessoas que conseguem mudar.
E das que são felizes e completas com o que tem.
Ou das pessoas que simplesmente não ligam.
Que conseguem esconder seus sentimentos.
Eu lembro que viviam brigando comigo porque eu era muito impulsiva.
Eu mudei.
Eu lembro que brigavam comigo porque eu era muito orgulhosa.
Eu mudei.
Não fico feliz por isso.
Eu mudei, pelos outros.
Eu só queria recuperar o eu que eu deixei no meio do caminho.
Eu poderia voltar
Mas não lembro o caminho.

domingo, 7 de junho de 2009

"Eu estava na cama com o meu amor há horas. Dormindo e acordando.
- Não sei mais o que é sonho e o que é realidade.
- Eu também não.

Até que o telefone tocou..."



Ps: Como eu a adoro.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

23:56

Vazio. Silêncio. Só a minha música, o que eu queria, só. Aproveitei o momento e me dirigi até o jardim, onde tem uma escada. Peguei meu cigarro, agarrei meu vício, subi até o topo da escada e lá sentei e senti. Vi o céu, as estrelas, a lua, a luz. Lindo. Aquela beleza penetrou meus olhos como nunca antes. Ventava, a fumaça entrava pela minha garganta, poluía meu pulmão, mas limpava minha alma. Porque o meu pack and go não é o mesmo que o teu, o mesmo que o dele. Pensei sobre o universo, sobre o desconhecido, sobre o tempo. A fumaça limpava minha alma. Paz de espírito. Pensei sobre o futuro, sobre nós, eles, elas... Nós. Não existe nós. Não no mundo real. Mas eu não ligo para o mundo real. Nunca gostei muito de lá. Resumos, pequenos resumos. A imagem nunca foi tão clara em minha cabeça. Paz de espírito. Senti vontade de subir no telhado e ficar lá. Controle, Lizandra. Controle. Eu, meu vício, minha música, minha imaginação e você. Juntos, no telhado. Agora entendo o que significa estar altamente evoluído. Penetrou minha alma agora, não só meus olhos. A cabeça doeu um pouco, tudo girou um pouco. Sabe como é, estômago vazio. Desci da escada, a música acabou, coloquei-a para tocar novamente, e novamente, e novamente. Queria subir no telhado. Droga de telhado. Cantei a música em voz alta. Alta. Ninguém podia me ouvir no jardim, na escada, no telhado... Fim do primeiro. Não quis acender o segundo. Olhei pra lua, vi o desenho de um coelho na lua. Não vi teu nome escrito nas nuvens. Você me dói, e não é de vez em quando. Hoje é dia de pack and go. Hoje é dia de evolução espiritual, seja lá o que isso quer dizer. Minha garganta esta, estava, esta fria. Hoje é dia de pack and go. Porque a imagem de tudo isso é bem suave. Eu senti a música, pela primeira vez, senti de verdade. It's all in my head. Its' killing me. Está me fazendo viver. Sonhar. Viver e sonhar. Está assumindo o controle. Não. Já assumiu o controle. Não tenho medo de dizer meias palavras. Não tenho medo de dizer coisas sem explicação. Não tenho medo de dizer. Não tenho medo. Não tenho. Eu sei que é chato, eu sei. Mas não consigo guardar só pra mim, e a Lua nunca esteve muito disposta a me escutar. Só me resta os humanos. Eu sou mais, da mesma forma que você deve ser menos. Ou não. A inspiração passou, a vontade de subir no telhado não.

Limitless undying love, which shines around me like a million eyes.