"Soledad, aquí están mis credenciales, vengo llamando a tu puerta desde hace un tiempo. Creo que pasaremos juntos temporales. Propongo que tú y yo nos vayamos conociendo."
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Escrever um som.
Eu não tenho grandes sonhos. Não sou uma pessoa de grandes sonhos, sonhos de vida inteira. Até porque eles mudam com frequência. Quero tudo, quero o mundo e quero agora. Grandes sonhos não se encaixam numa vida de desejos repentinos e vontades urgentes. Quero uma vida de teatro, shows e culturas. Galerias, desfiles, conversas. Política, música, dança. Intensidade. Cansei de 15:15, 16:16, 00:00. Quero mais que isso, quero algo mais que pequenas crenças bobas. Quero estantes e mais estantes repletas de romances encantadores. Como já disseram, quero uma verdade inventada. Não quero viver de música, não quero viver de literatura. Quero viver pra música, pra literatura, pro cinema e pra arte em geral, e eu preciso de pessoas que queiram isso também. Não posso desistir, já que um dia, como um sonho, ele apareceu pra mim. Talvez isso tudo importe demais. Talvez com um nome, um rosto, um corpo ou até com uma mente diferente as coisas fossem diferentes. As pequenas coisas fazem uma diferença que me assusta. Na verdade, tudo anda me assustando muito ultimamente. Acho tão bonito as bailarinas girando e girando na ponta dos pés, não deixando transparecer a dor, só para serem lindas e mágicas como são, com suas 'saias' rodadas e suas sapatilhas e suas dores. Isso deveria funcionar, sabe? Girar. Girar deveria funcionar, cantar também. Gosto tanto de perguntas. Tenho pequenos sonhos, sabe? Bem pequenos. Coisas simples, fáceis, bobas. Uma máquina de escrever vermelha talvez seja um dos maiores. Eu lembro que eu tinha mais ou menos oito anos quando eu vi uma linda máquina de escrever vermelha numa revista. Acho que foi ai que tudo começou, essa vida de imaginação. Queria outro nome também. Talvez Elisabeth, ou Pietra, Isabel. Algo bem idade média ou França do The Dreamers. Uma máquina profissional e analógica. Digo, meu pai tem algumas (muitas), mas nenhuma delas funciona. As analógicas são as melhores, e eu sempre achei tão incrível a sensação que deve dar ao revelar as fotos no banheiro ou em alguma salinha escura. Tudo tão vermelho. Melhor que vermelho, só verde. Belief makes things true, things like you, things like you and me.
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