Já não sei se é pior com você ou sem. Eu tento falar, eu tento falar tudo isso, mas você não me escutaria, nunca escutou. Já é difícil encontrar o que não sufoca, e Setembro nunca foi tão bem vindo. Quando eu te ver novamente, não falarei nada. Farei silêncio enquanto o vento passa por nós e nossos olhos se encontrarão. Não deixarei o que estarei fazendo. Se estiver andando, continuarei. Apenas será real se nós nos encontrarmos em meio aos nossos acasos, em meio aos nosso desencontros, em meio a minha saudade. Você irá me tirar para dançar antes que eu deixe a ideia de trazê-lo para minha realidade e queria continuar mantendo-o seguro em meus sonhos.
Eu sei que ultimamente eu só sei falar dessas ausências que ressecam as palmas das minhas mãos, e eu não vou pedir desculpas, afinal, ainda é Agosto. Eu lembro de tudo, de cada bendito e maldito detalhe de tudo isso, ou tudo aquilo. Sei que faz um tempo, e sei que demorou um pouco, mas sinto falta. Comecei a sentir falta tardiamente, e não sei bem do que. Você, momentos, abraços, segurança... Sei que estou despejando tudo isso em cima de você, e está indo tudo de uma vez, e eu me sinto estúpida. Jogo sobre você tantos medos, tanta coisa travada, tanto medo de rejeição, tanta dor, mas só vem, vem, vem, vem e não para. Preciso que você abra seus olhos para eu poder dizer que te amo, como se fosse possível, como se fosse verdade.
Eu tentei evitar, mas recomeçar é doloroso, é complicado, é chato e parece que sempre dá na mesma.
Eu sinto falta de ir à praia a noite, ouvir o barulho das ondas e observar o céu que ficava rosa todo pôr do sol. Nada disso tinha acontecido, meu "coração" pertencia unicamente a outro e eu não me lembro se pensei em você ou não. Coisas menos complicadas.
Não importa se você foi embora. Eu não fui, e não vou. Vou esperar você voltar. Vou esperar anos, meses, semanas, dias, horas, mas vou. Tem um banquinho aqui em frente, e ele é todo colorido, e tem teu nome nele, o nome do meu amor. E ele está aqui só pra você saber que, em qualquer tempo, em qualquer lugar, daqui a quinze anos, não sei, você pode voltar. Sem explicações, só pra olhar o céu de mãos dadas.
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