Ainda desejo te ver na janela quando passo em frente a tua casa. Seria bonito.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Você pode ir na janela.
Acho que não há um momento melhor do que esse, afinal, hoje é o aniversário do que seria quatro meses, e eu amo o número quatro. Sei que você não vai ler, o que me conforta e me dá coragem pra expor tudo isso aqui. Sei que as pessoas que lerão isso não vão conseguir saber, relacionar. Isso me dá coragem pra expor tudo aqui. Eu lembro de tudo como se fosse ontem, dos três dias. 18, 19 e 20 de Abril. 18 pode ser considerado como um dia 'amaldiçoado', venho reparando isso ao passar dos anos, todo dia 18 de Abril é a mesma coisa, incrível. Mas o fato é, o que eu tinha dia 19 que não tenho mais? Ou melhor, que deixei de ter dia 27 de maio. Não acho que isso é uma pergunta que venha regada de dor, sofrimento, tristeza, sabe? Essas coisas pesadas. Não, não é. É só curiosidade, você sabe como eu sou curiosa, sempre fui. Sou movida a perguntas e a respostas. Vejo potencial em você. Eu lembro do dia que eu estava jogando uno com os meninos e você chegou e me abraçou por trás, com os movimentos mais doces do mundo. Essas lembranças que ficaram. Não foi as brigas, as discussões, as lágrimas. O que é ruim passou. Eu lembro de vez em quando, o rancor não me deixa esquecer totalmente, mas isso não importa, nunca importou. Dane-se sua arrogância, seu complexo de superioridade ou sua grosseria. Eu vi um lado de lindo de você, um lado lindo que eu nunca vou esquecer. I see you as you are, I see you're transparent. Você me admitiu que era medo, eu sei que é medo. Medo de deixar que alguém invada tua fortaleza e todo esse blábláblá que pessoas como você e eu temos. Não reclamo, é isso que move o mundo: amor e medo. Mas, pelo menos por aqui, o amor vem primeiro. Não digo que houve amor, também não digo que não houve, que não há. Acho que só vou descobrir isso quando estiver pra morrer, sabe? Por isso parei de falar que amo as pessoas, não posso saber, não posso ter certeza. Mas há algo, sempre houve, sempre haverá. Eu preciso que você encare, que você enfrente. Não sou idiota, sou boa em ler as pessoas, principalmente você. Cinco anos, petit. Cinco. Eu enxergo toda a verdade, e ela consiste em, quase unicamente, medo. Por favor, não seja imbecil. Você não vai encontrar caminho nenhum fora de você, e você sabe disso. O caminho é in, não out. Você não vai encontrá-lo numa garrafa de 88 ou na maconha. Não vai encontrá-lo fugindo. Às vezes me pergunto do que vale um Q.I acima da média se você não faz uso adequado dele. Isso me diverte, na verdade. Nunca pedi pra você mudar, nunca pedi pra ser menos grosso, ou menos idiota, ou menos egoísta... Se gostamos de alguém, temos que gostar por inteiro, certo? Então. Eu sei que nosso relacionamento sempre foi totalmente unilateral, e sei que você sabe também. Mas não me importava, porque o mais importante tava lá, e você sabe o que (ou quem) era esse 'mais importante'. Seria bom se pudéssemos nos relacionar sem sentimentos, sem expectativas, mas as pessoas tem sentimentos e emoções, e não há nada que possamos fazer para retirar tais coisas de nós. Você também tem, não negue, petit. Chegue bem perto de mim, me olhe, me toque, me diga tudo, ou não diga nada, mas chegue mais perto. Não seja idiota. Não deixe isso se perder, virar poeira, virar nada.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário