domingo, 4 de agosto de 2013

Mudança

Como já postei no  Carousels, não utilizarei mais a plataforma do Blogspot.
Nenhum dos dois Blogs serão excluídos. Permanecerão aí para serem apodrecidos pela internet. Meu lugar agora é outro.


Se alguém ainda vem aqui, gostaria que fossem agora ao NOVO Carousels.
A plataforma do Tumblr é mais bonita e mais prática.
Espero que lá vocês sitam o mesmo.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Waiting.

A imagem não me abandona. Os dois, sentados em um restaurante qualquer. Ela ri, enquanto ele tem nos olhos o brilho que eu notei quando estava no lugar que ela ocupa. Bem cinematograficamente, as mãos se tocam de forma doce. Ela sorri, abaixa a cabeça. Está envergonhada. Ele a observa.
Saem do local, caminham pelas calçadas da comercial. Discutem sobre pra onde ir, o que fazer.
Vamos para a minha casa.
E vão. Ele segura seu rosto, a beija de forma terna. Estão no elevador. As portas se abrem e de mãos dadas eles continuam. Conversam, mas não escuto. Mal respiro. Sinto meu corpo tremer.
Entram no apartamento.
Decido que não quero ver. Paro do lado de fora, em desespero. Me sento no chão, mas as imagens não me abandonam. Você a beija, como me beijava. Você a despe, como tanta outras vezes me despiu. Você a toca na cama em que compartilhamos sono.
A garota sem rosto já te ama. A garota sem rosta já te quer. Ela sonha em dormir com você, em acordar do seu lado. Você percebe que também gosta dela. Pede para que ela fique.
Ao contrário de mim, ela fica.
Choro na porta enquanto vocês riem durante o café da manhã. Ela te abraça por trás enquanto você corta as frutas, e diz que teve uma noite maravilhosa. Você para tudo o que faz, a beija, diz o mesmo. De forma sincera. Você está apaixonado pela garota.
Em mim, tudo é explosão. Ainda assim, começo a desaparecer. Como uma simples memória, fico mais e mais opaca, e quando você deixa seu novo amor em casa, marcam um novo encontro e se beijam de forma apaixonada, eu já me fui por completo.

People fade away.

Desapareci de você da forma mais simplória. Não mais que uma coceira, por vezes um espasmo. Enquanto em mim, sua presença é tão forte que torna-se matéria.
No corredores, você não me olha.
Nos bares, você não me vê.
Fui substituída por alguém que é todo mundo.
E agora que escolheu o fim, não me resta nada além do vazio.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

But I won't

Eu poderia ficar por horas me desculpando, me desculpando por não ser quem você deseja, por não ser quem você precisa. Entre um gole de café e outro poderia me desculpar mil vezes por não aguentar calada as dores do dia a dia, por achar que você me deve satisfações. Descendo as escadas, poderia dizer que sinto muito por ter dito tudo o que achei que deveria dizer pelo bem do meu amor. Andando na rua, teria a opção de te abraçar e pedir perdão por tudo que sou, por tudo que fiz e você não gostou. Poderia, deitada na cama, citar todos os meu erros. Poderia chorar de dor. Poderia sentir menos, te amar menos, te querer menos. Poderia não ter aceitado as suas declarações, e fugido de todos os planos. Poderia ter te deixado com elas, e não ficar no caminho. Poderia não me importar com a falta de atenção. Poderia não sentir saudade. Poderia ter prestado atenção nos detalhes, poderia me desapegar do que sempre (a)pareceu, e poderia, agora, festejar sua indiferença  beijando outras bocas, como você sugeriu, e me livrando, talvez, da dor que me acompanha desde que você me apareceu.

sábado, 3 de novembro de 2012

But I'm not an artist

Eu penso na inveja que sinto do seu talento. No quanto eu acho injusto tudo o que você tem. Pior que isso, eu não o invejo porque queria ter o que você tem, e sim porque não me sinto incluída. Não me sinto parte da parte mais bonita da sua vida. Da criação, da arte.
Me incomoda conversar sobre o talento que você nega ter, que jura que possuo. Choro quando te ouço dizer que eu poderia fazer coisas incríveis, desde que me concentrasse no que quero, enquanto você é incrível apenas dormindo na rede.
Olho pra você, lembro das nossas tardes nos cafés da cidade-modelo e penso em tudo o que já me disse. Em tudo que poderia citar em um livro, um poema, uma entrevista. Penso em todo o sentido que você me dá.
Te encaro, olho nos seus olhos, e vejo o tom mais bonito. E após todos os nossos encontros, passo horas enxergando o mundo nesse tom castanho dos teus olhos. Nesse tom sóbrio, e quente, e ensolarado.
Tento te escrever, me inspirar em você e em suas covinhas. Nas veias dos seus braços tão brancos.
Mas não tenho talento. E me dói porque queria ter. Porque vivo pra isso. Porque sonho com isso. Com todas as expressões significativas que poderia criar. Com todas as pessoas que iriam me dizer que se inspirara em mim pra fazer o mesmo que eu.
Mas não tenho talento, e me falta tanto. E por mais que tenha em meu coração um amor inviável, e por mais que sinta saindo de mim uma doçura alucinante, me falta o que mais amo, o que mais preciso, o que me faz pulsar.
Me desculpe por deixar a falta me afetar. Sou ingrata. Sou insegura. Sou horrível. Desejo a beleza que não terei, o dinheiro que não terei, o talento que não nasci pra ter.
E por mais que esmague, e que doa, e que amargue, e que me faça sofrer, o castanho que vejo em tudo por sua causa sempre irá me inspirar, por mais incapaz que eu seja de criar.

domingo, 14 de outubro de 2012

Limitless undying love

Me parece errado falar de amor estando longe de você porque sinto que o que sinto é um ensaio. Te amo sempre, é claro. Mas apenas ao teu lado sinto o amor em sua totalidade. Só em tua presença sinto o que tento escrever sobre.
Não sei o que dizer. Queria ser romântica e poética sobre o assunto, mas não sei como começar. Não conhecia essa característica do amor, essa parte que cala a gente.
Não conseguiria lembrar de todas as vezes que olhei para você e quis chorar. Não poderia contar a quantidade de vezes que te beijei e senti que havia alcançado a plenitude. Faz um ano que você reconheceu em mim o que eu reconheci em você desde o primeiro olhar. Faz um ano que não consigo não sorrir enquanto ando pelo conheci caminho que me leva à sua casa.
Sua doçura se revela maior a cada dia, a cada telefonema. Seu amor vem me acolher toda noite, e sua voz gentil me acalma. Encontro em você tudo o que me faz bem. Encontro em todas as músicas bonitas algo que você mereça escutar.
Mas tento e não consigo. Não consigo colocar em palavras o que me afoga de forma tão doce há um ano. Só sei dizer que te amo. Só sei pensar que te amo, e só sei sentir esse amor.
Não tenho palavras pra expressar o quanto quero te agradecer por ter escolhido fazer parte da minha vida. Mais do que isso,  não tenho palavras pra expressar o quanto quero te agradecer por ter escolhido continuar fazendo parte da minha vida após tantos ventos e eventos.
Obrigada por todos os beijos, abraços e cafunés. Obrigada por todas as xícaras de chá e de café. Obrigada por todos os presentes inacreditáveis. Obrigada por prestar tanta atenção em quem eu sou. Obrigada por aceitar meu sentimento. Obrigada por permitir que eu te ame.
Desculpe por não conseguir escrever um texto de amor digno de você, digno do meu sentimento por você. Me desculpe por não ser nem metade do que você merece. Me desculpe por ter tantas falhas e nenhum talento. Sei que sou toda errada, mas espero que você saiba que apesar de não ter muito, tudo o que tenho é seu.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

The new

Fazia porque amava, e fazia uma dessas coisas que não é qualquer um que faz. Não porque poucos são capazes, sempre achei que qualquer um pode fazer qualquer coisa, mas não é qualquer um que faz o que ele faz porque é uma dessas coisas que você só faz se amar, e ele amava. E por mais que chegasse cansado, de coração partido e olhos verdes apagados, chegava brilhando, porque fazia o que amava.
Olhava pra mim com olhos apagados, porque não entendia, acredito eu. Mas ainda apagados, seus olhos eram imensamente verdes e me engoliam por inteiro. Me sentia nadando em um mar livre de algas, de peixes, de areia, de toda aquela coisa incômoda. Me via nua, e me movia tão graciosamente que parecia flutuar. Mas então ele se movia, ou falava algo, e eu era retirada daquela imensidão verde de carinho e desejo.
Poucas vezes prestava atenção no que dizia. Não era possível, seus olhos não deixavam, seu brilho impedia. Ao contrário dos seus, os meus brilhavam, como que em prece.
Quando percebia, seus olhos apagados ficavam doces e ele dizia, ternamente, "Por favor, para".
O mar verde se fechava e eu voltava para o preto do finito.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Melancolia

Eu vejo seus olhos e eles não são verdes. São castanho claro, cor de amêndoa. São ternos e calmos. Tudo neles me diz "eu te amo".
Olho sua pele e ela não possui muitas pintas. Mas é branca, como um copo de leite. Fica vermelha com a mais fraca mordida. Reclama. Reclama enquanto você sorri.
Toco seu cabelo e ele é macio. É formado por cachos que nunca se desfazem, e que às vezes caem por sua testa, emoldurando seu rosto de obra prima.
Pego em suas mãos e elas não são muito maiores que as minhas. Possuem dedos grossos. Possui toque único.
E por mais que eu tente me proteger, seu sorriso me desarma. Suas palavras me congelam. Seu corpo o meu acolhe.
E eu te amo. Te amo com tudo que tenho, com tudo o que sou.
Mas existe um peso que não consigo explicar.