sábado, 18 de julho de 2009

Morte constante das coisas.

O que mais dói é não ter alguém que entenda, não ter alguém que me diga algo mais aproveitável do que "esquece", não ter alguém que compreenda que esse é o desejo mais urgente que um jovem coração pode ter, não ter alguém que entenda que sofrer faz parte, e que gostar de você também. Eu sou tão simples, minhas ideias são tão simples, meus desejos são tão simples, meus sentimentos são tão simples. O que mais falta? Pessoas bonitas me deixam insegura. Pessoas caladas me deixam insegura. Pessoas me deixam insegura. Não gosto de parágrafos, gosto de filmes de época, gosto de amores proibidos, gosto de saber que se é final, não é feliz, gosto de verde, amarelo, vermelho e cinza, gosto de árvores e amo o céu com todas as minhas forças. Gosto de gatos, cachorros e pássaros, gosto de nomes e mãos, amo nomes. Gosto de canetas e objetos com aparência surrada. Gosto dos anos 20, 30 e 40, gosto de acentos e de palavras bonitas. Gosto de morango, manga e suco de uva. Gosto de vestidos, de meias, de sapatos. Gosto de seriados e de blogs. Gosto de elogios criativos. Gosto quando falam que eu sou intensa e defendo minhas opiniões com paixão. Gosto de ouvir música baixinho, gosto do céu rosa. Gosto de escrever textos e depois apagá-los, gosto de escrever textos e modificá-los sempre que os leio. Gosto de quadros e de molduras. Amo máquinas de escrever. Amo romances. Gosto de músicas que conseguem modificar meu humor, gosto de músicas que me fazem sentir do jeito que seus textos me fazem sentir. Gosto de ler, gosto de ver, gosto de ouvir, de sentir. Gosto de fazer comida para os outros e gosto de observar as pessoas sentadas em mesas de bares. Gosto de sentar no chão, gosto de deitar no chão e olhar para o teto. Gosto de ter a imaginação que eu tenho. Gosto de vampiros, amo vampiros. Gosto de acreditar que eles podem existir, assim como os super heróis, os mágicos, os lobisomens e as pessoas boas. Gosto do fato dessas coisas existirem. Gosto do fato delas existirem exatamente como eu quero que elas existam, gosto do fato que elas existam só e apenas no meu mundo. Gosto do meu mundo, onde o ar é puro e está constantemente anoitecendo.

Eu escrevo como quem morre, pois eu sei que, mesmo depois de tudo, algum dia ele encontrará aqui todas as coisas que eu não tive tempo de lhe dizer, por falta de presença e por exesso de ausências. Há quem diga que foi por amor.

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