domingo, 27 de novembro de 2011

Justamente

É mais especial quando uma pessoa sorri, se ela não sorri com tanta frequência. É mais especial quando uma pessoa canta, se ela não canta com tanta frequência. É mais especial quando chove, se fica meses sem chover.
Começar planejando o fim é... é o que? A melhor técnica que eu poderia bolar. Funciona. Mas sinto que estou traindo o tempo, as decisões, o curso das coisas.
Não sei de nada disso, não sei lidar, não sei o que fazer. Quando estou, gosto. Quando não estou, ainda gosto. Mas crítica me vem na mente, e problemas me vem na mente, e defeitos me vem na mente, e opções...
E se eu disser que você é o primeiro que consigo tolerar? Ficar com? Olhar para?
E se eu disser que isso é absurdo. Que é assustador. Que eu não consigo. Que me mata.
"Preciso ir além dos dias. Preciso ir além. Me esforçar um pouco mais."
Mas sinto uma certeza confusa. Mas isso não faz mais sentido.
Eu escrevi isso pra ver se eu conseguia tirar algo de mim. Mas ainda não tem nada pra ser retirado.

Mas não vou desistir de mim.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

De pernas e costas doendo

Escrevi muito na minha cabeça, enquanto te observava. Agora tudo fugiu. É complicado, essa coisa de enxurrada de ideias. Acho que foi o efeito da sua mão quente na minha mão fria. Eu sempre tô gelada, sempre tô com frio. Não sei o que é, e não me interessa. É bom. Talvez você não seja assim tão quente, mas é o que eu sinto. E eu gosto. Não é como flutuar, ou tocar nas nuvens. Não é nada muito romantizado, Romeu e Julieta. É real. É só coração tranquilo. Estar onde se deve estar. Como se deve estar. Com quem se deve estar. E perceber isso. E aceitar isso. E saber que aquilo é pra você, e que você merece.
Ninguém precisa salvar ninguém dessa vez. Estamos no mesmo barco, indo, talvez, pra lugar nenhum.
Mas vamos juntos.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

02:02, horário de Brasília

Vê-lo era sempre uma experiência nova. Talvez porque ele sempre estava mudado, talvez porque ela sempre estava diferente, mas era interessante. Cumprimentos curtos. Ele costumava beijá-la de verdade ao dizer "Olá". Não aquele encostar de bochechas de quem sente medo e/ou asco do outro. Era um beijo. Seco, forte. Se perguntava se fazia isso com todas. Trocavam algumas palavras, risadas, e então ela fugia por não aguentar a pressão. Ou não estar acostumada com ela.
Naquela cidade de arquitetura arrojada, isso tudo parecia fazer muito pouco sentido. Pessoas sentavam e bebiam ao redor dos espelhos d'água, enquanto as carpas nadavam e nadavam e nadavam. Umas procuravam as outras, algumas algumas coisas. Se encontravam tão juntas e tão distantes, como costuma dizer o velho clichê. Era como estudar em um biblioteca. Todos muito curiosos, mas pouco interessados, se é que isso é possível. É difícil lembrar se o amor no local era palpável, se era inexistente, se vinha todo dela
Todo grande altar é uma grande construção. Muralhas da China, Pirâmides do Egito. Só aparecem, ninguém sabe muito bem como, quando. E nunca se vão por completo, sempre se descobre algo novo sobre.
Amores platônicos tem sete vidas, e não reconhecem indecisão, indiscrição, nem indiferença.

sábado, 8 de outubro de 2011

11:09

Os segundos se tornaram dias, que se arrastaram em séculos. Aquela jaqueta estava linda em você, e seu sorriso combinava perfeitamente com seus cabelos, que se apresentavam tão adoravelmente negros, bem na minha frente. Minhas mãos e pernas tremiam, enquanto você falava sobre gravatas. Me confundia, me repetia. Tropeçava no que ainda não entendo. Você por aqui, você em mim! Não sabia como lidar e fui embora. Queria ficar. Te olhar por mais alguns segundos que novamente se arrastariam em séculos.
É doce morrer de amor.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Nobre

O sofrimento me formou. Me fez quem eu sou. Me fez o que eu sou. As características boas. As ruins também. A amargura, foi ele. A compaixão, foi ele. A desconfiança, foi ele. O respeito pelos sentimentos alheios, também.

Ninguém se conhece se verdade, muito menos conhece os outros. Então com que direito julgamos? Como podemos desmerecer os sentimentos de alguém que não sabemos quem é, como se sente? Cada um tem direito a uma opinião, assim como cada um tem direito ao sentimento, qualquer que seja. Admiro a felicidade, quando real, das pessoas. Acho intrigante como conseguem senti-la no mundo em que vivemos. De quem é a culpa não importa. Que seja da mídia, da sociedade, de nós mesmos, do cachorro da vizinha... Mas considero muito mais bem aventurados aqueles que conseguem continuar vivendo apesar de. Apesar do time que perdeu. Apesar da fome que bateu. Apesar da conta que chegou. Apesar do tempo que passou. Apesar do amor que já morreu. Apesar dos outros. Não são felizes, e não fingem felicidade, nem negam o sofrimento. Aceitam, reclamam. São humanos e agem como tal. Não julgam os sofrimentos dos outros porque conhecem as dores próprias, e sabem como é, e sabem como dói, mas vivem. E andam. E respeitam.

Talvez colocar o sofrimento em um altar seja errado. Provavelmente é. Não acho que seja mais errado do que fingir que a felicidade mora vizinha, e é que é fácil, e que é constante. A felicidade não ensina nada pra ninguém. Tem o charme das mulheres bonitas que enjoam fácil das pessoas e não tem pena de abandoná-las. O sofrimento ensina. O sofrimento mostra. O sofrimento tira todas as nossas vendas. O sofrimento não quer que você seja egoísta. Ele procura por compaixão e respeito e compreensão. Ele mostra que se pode viver a partir de. Ele dá as melhores características que uma pessoa pode ter, desde que ela saiba lidar com ele, e vê-lo da forma correta. E aprender.

Eu nunca quis te responder a altura.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

"I no longer wish to understand"

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Heartless

Ao som de Rio En Medio me sinto mergulhar em seus cachos, te sinto me puxar pela cintura, sinto tua voz tão calma no meu ouvido.
Ao som das sirenes na rua, sinto você passar lá longe, como quem nada ver e nada quer. Sinto a dor do descaso e o peso do real.
Lá naquela sala eu sinto a facilidade do oi e a dificuldade do até mais tarde. Sinto o som que teus tênis fazem no piso e o sinal batendo baixinho...
Novamente ao som de Rio En Medio, sinto a água gelada de uma cachoeira em minha pele, e todos os textos do meu anjo na minha cabeça. Vejo a vida que me foi reservada, e a falta de umidade no ar. Sinto a falta dos olhares, a ausência das palavras. Não me sinto bem. Não me sinto bem por mim, nem por você...
Toda essa música bonita me invadindo e eu só consigo ver teus cachos...

domingo, 14 de agosto de 2011

Lucy

Se olhar no espelho por mais do que cinco minutos é o tipo de coisa que estraga o humor de qualquer um. Overanalyzing. Ninguém repara em você tanto quanto você repara em si mesmo. Ninguém conhece suas falhas como você. Seus defeitos como você.
Abra sua mente, deixe os sentimentos tomarem conta. Esqueça o barulho dos carros la fora, esqueça sua própria respiração. Feche os olhos. O que você vê?
Um papel em branco.
Então fale sobre ele. O papel em branco é algo sem nada. Mas papeis só existem se estiverem neles registrados qualquer tipo de pensamento. Desenhos. Dores. Alegrias.
Preciso de café. Minha cabeça dói, as dores no estômago se tornaram rotina. Café dá sensação de que tá tudo muito frio e agradável. Irreaal. Até surreal.
Tá quente demais pra tomar café, meu bem. Foca no que você tá querendo dizer. Foca no seu dever. Foca na sua mensagem. O que você quer que eles saibam? O que?
"Prometo abrir meu amor macio".
Passar a mão no rosto vai te ajudar como? Por favor, pelo nosso bem, foca no papel! Escreva algo! Você só precisa pensar! Se obrigue. Você tá sentindo. Você tá inspirada. Eu estou em você e eu sei disso. Deixa saaaaiir. O que você quer? O que a gente tem?
Não! Tá quente demais, triste demais. Quero café, cigarro... talvez um pouco de amor. Mas vou enjoar rápido, se conseguir. Então é melhor não. Me sentir sozinha ajuda. Tá vendo? Tô inspirada desde que acordei, mas o que eu conseguir fazer? Não sei pintar, não sei desenhar, não sei escrever! Queria saber. Emocionar pessoas com palavras. Minhas palavras. Saídas de mim. Organizadas por mim. Filhos. Criações. Tudo meu. Todas minhas...
Você sabe! Só se concentra. Tira essa angústia do peito, menina. A dor tá aqui pra isso. Pra ser colocada em uma folha de papel. Não precisa ser literalmente. Pode ser um uma página de web, em um porta de banheiro, na mão do seu amor... Só tira isso de vcê!
Tirar o que? O que tem pra tirar? As palavras não saem. Te juro que não saem. Não consigo pensar em nada. Quero escrever contos. Quero continuar meu roteiro. Mas não consigo. Me ajuda.
Let it out to let it in.
Não consigo.
...


As palavras virão na hora certa. Não seja afoita.
Não se perca no caminho.

domingo, 24 de julho de 2011

I never loved you like now

São 05:56 agora e eu posso facilmente ouvir o barulho do vento nas árvores. Parece estar bem forte, e é algo bonito de se ouvir. Assusta um pouco, mas é uma bela melodia.
Ele leva tudo e todos embora, certo? O tempo, o vento, as vontades. Parece que você vai, enfim, me ensinar o que é saudade. Também parece que quando sabemos que alguém não vai voltar, sentimos falta instantaneamente.
Eu te amo, e não ter você na rua de cima vai ser um tapa na cara todos os dias, para todos nós. Não sei se esse amor fez alguma diferença pra você, especialmente o meu. Mas junto desse amor vem compreensão, mesmo que tardia. E junto desse amor vem um desejo real de que você consiga tudo que merece.
Vou continuar aqui, na cidade perto do céu, com prédios baixos e sem opção de lazer. Só te peço pra lembrar do céu de vez em quando, pra lembrar da gente...
pra não esquecer de mim.

"leave, but don't leave me"

quinta-feira, 14 de julho de 2011

The winning days are gone

Sabe de uma coisa? O que eu mais quero agora é conseguir escrever. Não é você, não é a faculdade, não é conhecer o Egito. É conseguir escrever. Conseguir descobrir o que eu estou sentindo e colocar isso "em uma folha de papel".
Estou procurando por sentimentos fortes, sentimentos que me ajudem a conquistar meu objetivo. Me forço a ficar triste por coisas que não me deixam triste, logo, não funciona. Nunca consegui me forçar a sentir felicidade, então também não funciona.
Eu conheci Vines antes de conhecer você. E eu já conhecia esse sentimento antes de conhecer você também. Não era tão intenso nem tão preocupante, então provavelmente não era a mesma coisa. É melhor deixar isso quieto.
Talvez eu só tenha que dar tempo. A minha fase criativa foi em 2009, e provavelmente nunca vai voltar, assim como várias outras coisas daquele ano. Assim espero. Assim desejo.

Vou continuar carregando meu caderninho de textos pra todo lugar. Vou continuar passando madrugadas tentando escrever. Vou continuar chorando de frustração por não conseguir.
Vou continuar indo junto com as coisas, até que as coisas parem de ir.

terça-feira, 5 de julho de 2011

The Moon under the Water

As ondas não estão mais atingindo as pedras.
Isso pode ser calmaria.
Isso pode ser falta de força.
Mas é algo, e essa certeza é o suficiente por enquanto.


Mas as árvores abriram espaço pro vento bater no rosto.
Você tem o cheiro doce da brisa do mar...


Mas eu não vivo no litoral.

domingo, 26 de junho de 2011

Eu não escolhi

Acho que te vejo em todo lugar. Por isso tem tanta gente bonita em todo lugar, porque todos são, de certa forma, você. Te vejo em todo mundo e a as minhas pernas bambeiam, minhas mãos tremem e dizem que e meus olhos brilham. Frequentemente eu sinto vontade de esquecer e deixar pra lá. Frequentemente sinto que só te olhar não é, e nunca será o suficiente. Mas ah, te vejo e tudo muda. Acho que o paraíso é diferente pra todo mundo. Que no final a verdade de cada um será a verdade absoluta da vida deles. Que o final de cada um será baseado em suas crenças, mas é que, eu não acredito em nada. Sim, estou mentindo. Acredito em amor, e como acredito no amor.
Você sempre vai estar com outras, e eu sempre vou achar nelas milhões de defeitos que nem existem. E vou sofrer. E vou achar ruim. E vou desistir de você por três dias. Mas daí você vai falar comigo, vai me fazer rir, sorrir e daí, amor, vou lembrar do quanto te amo e que não importa o tempo ou as circunstâncias ou as pessoas. Vou continuar desejando por você em mim, e nós neles, e todo o resto em qualquer lugar.
Há de haver algum lugar, um confuso casarão, onde os sonhos são reais e a vida, não.

sábado, 25 de junho de 2011

But my faith is like a bullet, my belief is like a bolt

But I never heard the answer, I never had a clue.
Não está complicado, não mais. A realidade foi especialmente gentil dessa vez, e ao invés de me atacar, de me dar chutes e pontapés para que eu pudesse ver, me afagou e disse "Tá vendo?" e eu vi. Ai, meu amor. Não sei mais de nada. Todo esse tempo perdido foram apenas anos, e as coisas, no geral, não mudaram muito. Mas os monumentos são tão pequenos agora, e tudo parece tão claro. Coisas que eu amava apesar de não entender, agora entendo, e ainda amo. Menos, mas por mais tempo.
Tô mais calma agora. Quero sombra e água fresca. Não quero festas. Quero piqueniques e risadas. Fotografias espontâneas e todo o amor do mundo em um abraço. Ando escutando tanta música bonita, e tudo me toca de um jeito especialmente engraçado. Não há vazio pois há você, e amor não precisa de toque pra nada.
Dance com elas, stay loose. No final... ninguém vai poder mudar nada.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Luísa de Camões

Nos conhecemos não lembro como. Luísa disse que gostava dos meus textos, e eu me apaixonei pelos de Luísa. Nos ajudávamos. Mutuamente. Tínhamos o mesmo problema. Mas hoje Luísa é feliz, e eu preciso muito mais dela que ela de mim. Sinto que atrapalho, assim como sinto que isso não a incomoda.
Minha Luísa de Camões gosta de mim, gosta do artista de cinema e gosta de poesia. Fala poesia, vive poesia e, por vezes, escreve poesia. Nossa Luísa de Camões é poesia das mais acidentais e belas.
Luísa me ajuda e me equilibra. E sonho com o dia em que eu e Luísa vamos escrever, juntas, sobre felicidade.

Por que (não) nós?

Pensei que o amor era fila. Pegaria senha, sentaria esperaria. Mas passam na minha frente, e me atropelam, e não respeitam os sinais, e beijam tua boca... Reclamo, choro, levanto e finjo que vou embora. Mas vem Chico me dizer que amor pode até ser fila, mas que não é rápido não. Que não preciso, que não posso ter pressa. Então sento de novo, presto muita atenção no barulho, nos números. Olho pro meu papalzinho... quando meu nós vai chegar, meu bem?
Mas é verdade. Meu amor pode esperar anos no fundo armário. Já esperou três. Que espere dez...

Futuros amantes quiça se amarão sem saber com o amor que eu deixo pra você.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

I still can't find the words that should calm me down.

Hoje escrevo como sou, como quem nem sempre fui, mas como quem venho sendo. Como alguém que sempre teve mais esperança do que medo, e mais esperança do que bom senso e discernimento, essas coisas que dizem que é bom ter em excesso.
Mas sou conhecedora disso tudo, e excesso nunca é bom. Se você não dorme você tá com problema, mas se você dorme demais também tá com problema. Alguém me diz cadê esse equilíbrio que ninguém consegue e quem conseguiu já morreu, já se foi e não tá aqui pra ensinar.
Só te peço... não faz isso não. Não diz que eu tô errada, porque não tô. Sinto bem aqui no fundo do meu coração assustado ou do meu cérebro masoquista ou da minha imaginação que me dá essa visão exagerada de tudo e de você que eu não tô não. Como você pode saber, meu bem? Você não pode. Você tá confundindo a sua visão de mim com a minha visão de você.
Mas hoje eu senti que antes eu estava vivendo um sofrimento que não existia de verdade, porque, pela primeira vez, acordar doeu, doeu de verdade.

Mas eu não quero mais ter esperança, essa coisa gentil.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

I talk to you in my thoughts

"Love at first sight... when you see someone so beautiful
that you forget they aren't there just for you"

Acho que foi a primeira vez que eu gostei do meu "segundo nome".
Lembro que quando era pequena meu pai só me chamava de Tarsilla, como ainda faz hoje em dia. As crianças ao redor ficavam "Que nome esquisito" e eu fingia que não era comigo. Cresci mais um pouco as os adultos inteligentes que eu tanto admirava sempre diziam "Você já tem nome de artista, vai realizar muitas coisas" só que eu fui indo e não realizei nada. O nome me deixava culpada, como se eu não o merecesse.
Mas hoje (ou ontem?) eu estava preocupada demais tentando esconder meu medo e minha euforia e você gritou meu nome. E na sua voz ele parecia tão... meu. Parecia certo. Parecia até bonito, eu acho. E eu senti que estava sendo esmagada por toneladas de Tulipas azuis.
E por mais que isso nunca vá significar pra você o que significou pra mim, obrigada. Obrigada por ter me ligado, por ter me falado onde estava, por ter me cumprimentado, falado meu nome, e até se despedido de mim. E obrigada por ter feito aquele gesto indefinido adorável na entrada.
Mas isso me mostrou que quero mais. Quando você vê (só vi, ainda não cheguei) a superfície, é difícil querer voltar pro fundo. Mas eu prefiro ter e perder do que nunca provar.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Pular do Avião

Meu sofrimento não é poesia
Não é música também não.
Talvez seja filme ruim
Daqueles que não faz diferença
Que não importa, não.
Que pro Oscar não vai ter
Indicação.
Meu sofrimento
Quer se matar no Eixão.
Mas não vou deixar, não.
Ele é meu, quero ele perto de mim.
Vai ficar aqui até o
(seu-meu-nosso)
Fim.

terça-feira, 26 de abril de 2011

That's why I will not survive.

Eu sempre escrevi como se fosse outra pessoa. Como se estivesse vendo o sofrimento, lendo os pensamentos de outros. Escrevia me baseando na compaixão pelo sentimento alheio, sendo que aquilo era tudo (m)eu.
Os nomes (Lucy, Alissa, Belle, Apolinne, e tantos outros) eram uma forma patética e pouco eficaz de fugir de mim mesma. Isso tudo resultou nisso. Na perda total da essência.
É por isso que não escrevo mais.
Todas as pessoas, com vidas e características próprias, tomaram uma dimensão tão fantástica em minha mente, que elas existiam de fato. Conviviam comigo, ao meu lado, o tempo inteiro.
E foram embora. Me levaram junto. Levaram tudo que eu tinha. O pouco que eu tinha.
E eu tento me recompor. E sempre que eu tento me recompor me vem você. Isso costumava ajudar. A sua imagem. O que eu imaginava. Mas isso não acontece mais, e eu me pergunto...
Por que a imaginação não é mais o suficiente?

Mas eu ainda consigo ouvir sua voz com clareza cantando aquela música do Spoon. E depois disso eu me afogo em um amor que eu espero nunca deixar de sentir.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Vanguart

"My eyes are in the wind, but every summer they melt down. I never thought it would be so hard to live, and I always remind of you when the sleeps gets me down.
Every dusk I watch, well, it always leaves me sad, and I never saw the down anymore. Now I've to crawl to get up from the bed, and then get off of the ground. I just keep my face straight, with my eyes staring at my feet.
I've been thinking how sometimes love is hard to fit. I remembered when I was a child and how beautiful were my hair, and when I discovered love is something hard to bear. I cried a little bit, but then I cleaned my face with memories. I heard someone saying love is bitter, well, I didn't disagree. But later, when I was sleeping, I've been waken by a dream. I don't remember well, I only know it was about you. Then I passed all day upset 'till I accept that I love you...
But, you know, life goes on as it goes on your life.


quarta-feira, 6 de abril de 2011

Papéis

Por meses venho encarando papéis em branco. Observo, torço para que algo saia daqui e lote-os de pensamentos, lamúrias, desejos.
Ainda vazio.
Não é por falta de assunto. Não é por falta de chuva nem de Sol. Nem de pássaros, nem de sonhos.
Falta de amor, não é. Tenho potes que transbordam e olhos que ainda choram.
Não é por falta de dor ou de solidão. De rimas ou de acordes.
Meu senhor, não é nada disso não.
Não reconheço mais as ruas, a temperatura. O som da gaita ou da guitarra desafinada.
E produzem amores e necessidades.
Destroem fortalezas e castelos.
Cavernas não existem mais.
E você "cita filosofia" como se fosse difícil demais, e fala de jogos como se fossem reais demais, e de amor como a mais bela invenção...
Mas e então, amor? E então?

"O consumo dos dias expostos. Sem alma, sem poesia."