sábado, 14 de julho de 2012

O tempo em que

Me pergunto o que aconteceu. Quando deixei de ser engolida por textos, cenas, ideais, ideias. Eram enxurradas. Eram gotas caindo sem nenhum tipo de ordem. Tantas. Grossas, finas, fracas, fortes, coloridas, preto e branco. Mas existiam, me pertenciam, me acariciavam. Eram como os bancos de Tereza, e os casos de Tomas. Nunca soube realmente o que fazer com tudo aquilo, era muito complicado, era muito parecido. Muito pessoal.
E não consigo falar sobre o cheiro de pessoas desconhecidas que me toca. Não consigo falar sobre os filmes bonitos que me tocam. Não consigo falar sobre as músicas, os passos, os ventos.
Penso que com sons seria mais fácil. Não é. Penso que com fotografias seria mais fácil. Não é. Penso que seria mais fácil, se por acaso...

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