segunda-feira, 1 de junho de 2009

Pequenas Coisas

Vendo essas coisas assim, o sofrimento de quem ama, me dá vontade de desistir. Sei lá, me disseram que o amor demora a vir, mas não concordo. Existem vários tipos de amor e várias intensidades. O meu é um bebê ainda, não dói nem chora tanto, mas sente muita fome. Quer se alimentar dele o tempo inteiro. Palavras, fotos, existência, essas coisas essenciais. Quando ele crescer mesmo que vai ser difícil controlar, e é disso que eu tenho medo. Eu não sei de nada, pura verdade. Não sei qual é a intensidade do seu aperto de mão, do seu abraço. Não sei com que frequência ele ri, do que ele ri, não sei porque ele ri. Não sei sua cor preferida, sua blusa preferida, seu cheiro e seu gosto preferido. Se o lugar da casa que ele mais gosta é a sala ou o quarto. A cozinha ou o lavabo. Não sei se ele tem quadros ou tapetes. Não sei no que ele acredita ou deixa de acreditar. Não sei se assiste CSI ou Law & Order. Não sei se assiste TV. Não sei se estuda filosofia ou música. Não sei sua palavra preferida, não sei. E esse não saber é o que me deixa calma, não sei porque. O que me deixa calma é que, eventualmente, eu irei descobrir tudo isso, e, quem sabe, muito mais. O não saber me faz continuar nessa procura incessante por algo que eu nem sei o que é. Por algo que pode ser ele ou algo que pode ser o que eu idealizei. Eu só não sei e não tenho certeza, e nunca estive tão bem com esse situação, a situação do não saber é reconfortante, afinal. As pequenas coisas são reconfortantes, afinal.

We'd be so free, happy alone. Sharing a smile so far from home. And we would laugh, laugh 'till we cry. Making a song, hapy alone...

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