Lucy, eu estava passeando pela rua hoje e, como de costume, olhei para o céu. O teu céu. Instantaneamente vieram aquelas perguntas chatas que eu sempre te faço e você nunca responde. Você habita minha mente, faz com que tua doce e decidida voz fique ecoando o tempo inteiro na minha cabeça e não me conta. Não me responde. Não me esclarece.
Lucy, as nuances do céu me encantam. Toda aquele azul, todas aquelas nuvens ou falta delas... É bonito. É tão bonito que corrói. Se aí é um lugar melhor que aqui, mesmo que apenas um pouquinho, você deveria me dizer, Lucy. Você deveria me contar, porque assim eu poderia encontrar você e teus diamantes.
Eu começo a pensar, Lucy, que aquele livro está certo. Que aquele livro está certo e que sim, acima de mim - não nós, porque você está lá, habitando alguma nuvem que vai e vem - está o Céu. Só isso, o Céu. Agora o que é o Céu é algo relativo e eu não devo dizer aqui. E que abaixo de nós talvez esteja o inferno. Não estou acima, não estou abaixo. Meio termo. Purgatório.
Seria, Lucy?
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