sábado, 26 de dezembro de 2009

1969

Faz muito tempo que me sinto calma, que me sinto... não sei, não acho que exista uma palavra melhor do que calma. Fazia bastante tempo que não escutava The Vines. Muito tempo mesmo. E então, desde ontme, voltei a escutar. E o resultado de voltar a escutar The Vines depois de tanto tempo está sendo um tanto quanto maravilhoso. Eu me sinto feliz, me sinto plena, e The Vines está me ajudando a manter tais sensações aqui. Não que algo na minha vida tenha mudado. Convenhamos, cotinua tudo a mesma merda, mas agora parece que não importa. Que eu não me importo.
As preocupações (des)necessárias foram embora e só deixaram o som do mar no fundo. Só escuto ondas.


I'm felling happy.
And I really don't need a change, I really don't need what's mine.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

We wish you a merry christmas, we wish you a merry christmas

Então, é natal, e eu acho natal uma coisa bizarra. Não pela data em si, mas em como as pessoas se comportam no natal. É hipocrisia demais, falsidade demais, comida demais, vinho demais (na verdade, essa é uma parte boa) dá um pouco de raiva. Indigestão, eu diria.
Passei o natal jogando Call of Duty na casa da minha avó com os meus primos e meu irmão. Nem preciso dizer que fui morta umas 50 vezes e matei, no máximo, umas 2. É, falta de coordenação motora resulta nisso.
Na verdade, não sei porque estou postando aqui. Acho que natal me deprime um pouco. Na verdade, dezembro me deprime muito. Fico feliz por não ter nascido em dezembro, seria estranho.
Enfim, como eu sou uma vizinha chata que gosta de atrapalhar a comemoração dos outros, vou ouvir algo como Strokes bem alto.

Feliz natal pra todos vocês!

ps: Pra quem está entediado como eu e quer dar umas boas risadas eu recomendo que vejam esse post do Não salvo, blog cujo sou fã de carteirinha e um dos melhores blogs de humor. Espero que gostem!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009


- Sinto sua falta.
- Tenho saudade de acordar ao seu lado todas as manhãs.
- Do que você está falando? Você nunca dormiu comigo.
- Então você pode imaginar o quanto eu sinto falta disso.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Dark is the Sky.

Está tudo tão limpo. É claro que o céu hoje resolveu chover, chover muito, e ajudar a causar 4 acidentes de carro na entrada da minha cidade - um deles um pouco antes -, três deles envolvendo motos, mas não me importo. Não sei se é o fim do ano, que nunca foi tão desejado e esperado por mim, ou se são as férias, ou se foi o tempo que me deu calma, exatamente como eu acreditava que ele não faria, mas nada me preocupa. Só quero ficar em casa cercada por filmes e livros e Beatles.

Mas eu sinto falta de escrever, quero muito que o ano novo traga minha criatividade de volta.




There were birds in the sky, but I never saw them winging, no, I never saw them at all, 'till there was you.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Sádica conversa das seis da tarde.

Venho tendo sonhos. Com você, obviamente, Não que seja uma novidade, não é, ambos sabemos, mas eles têm acontecido com mais frequência. Não sinto mais e necessidade de falar a você sobre. Sim, antes eu tinha essa necessidade, achei que talvez a beleza estonteante e romântica deles fariam alguma diferencia. Talvez faria mesmo, mas não me preocupo mais com o que a maioria das pessoas "loucamente apaixonadas" se preocupam. Depois de um tempo isso passa, pelo menos pra mim passou. Perguntas invadem minha mente. Me deixam louca.

Ela não sabia como se sentia, como se sentir. As pessoas perguntavam como ela estava e ela não sabia, não poderia saber, já que até um canto a mais ou a menos de algum pássaro fazia uma grande diferença. Tinha atingido o limite. A linha que separa o quase do é, a vida da morte... Drama demais. Sentou no sofá vermelho e olhou para a janela, janela que mostrava a cidade, que abria os olhos para o novo dia aos poucos, meio atordoada, meio cansada de suportar tudo novamente. Pensou sobre a cor dos olhos, o cheiro e o gosto dele, e como isso tudo transparecia nas fotografias que eles tiraram juntos. Em como isso transparecia nas fotografias que ela tirou dele. Sorrisos doces e sinceros. O café esfriou, assim como outras coisas. Precisava de companhia. Escolha aleatória, acabou tirando o vinil da Piaf. Perfeito para o momento. O café frio descia suavemente pela garganta, fazendo uma dança com o coração, que estava prestes a sair, o acalmando, dizendo a ele que aquela não era a solução. Mais dúvidas para o pobrezinho. A quoi ça sert l'amour? Percebeu que o gato cinza não estava por ali, com seus olhos amarelos e hipnotizantes, miando para ela, pedindo um pouco de atenção. Essa era a diferença entre os dois. O gato clamava por uma atenção que ele jamais seria capaz de dar, e ela, ah, ela se contentava com muito pouco. Sempre foi assim, meio perdedora, meio cansada. Olheiras, devaneios e ele. Essa era ela, e a falta de atenção não a incomodava nem um pouco. Ele teria que ir, eventualmente. Ele era assim. Evitava. Quando percebeu, estava sentada no chão, com o álbum de fotos e o caderno verde água no colo, com algumas palavras anotas em uma letra ilegível para outros e apenas feia para ela. Ali estava o gato cinza, apreciando o acordar da cidade, exatamente como ela fazia minutos atrás. Desejou dar uma volta. Sem companhia. Vestiu o casaco verde que ele tanto elogiava e saiu do apartamento gelado...

E eu postaria o final do texto aqui se não tivesse me parecido demasiadamente piegas. Deveria desistir, mas tudo bem, porque "escrever é apenas uma questãod e Sol", e o Sol não anda muito presente...
Não mais.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

But leaving now would be a good idea.

But, darling, when I see you, I see me.

Eu me sinto irritada o tempo inteiro, e quando eu vou procurar por lembranças pra acalmar minha mente, não encontro. O fato é que eu perco pessoas, e perco, e perco, e perco... Depois não as reponho. Porque pra ser sincera, é assim que acontece nas relações sociais. Eu estou cada vez mais sozinha, e isso é bom, eu não ligo. Eu gosto de estar sozinha e, se porventura assim ocorrer, eu tenho certeza que vou gostar de ser sozinha. A culpa não é minha por perdê-las. Elas se perdem de mim e a vida segue. Eu gostanto de admitir ou não, não me esforço por porra nenhuma, e não é agora que vou me esforçar. E não, a falta de pessoas não deixa a vida mais amarga do que ela é naturalmente.

Let it be, deixe estar.

Amor é muito bom, mas às vezes - na maioria delas - eu prefiro ser assim, meio vazia.