sábado, 26 de setembro de 2009

Mas a gente nunca conhece.

... Você sabe, até arrebentar as artérias.




Na minha memória - tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

My words fell into the road.

Só me sinto impotente.

Lá, entre todas aquelas pessoas, só uma delas era você. Depois de muito tempo, eu senti, novamente, que te conhecia, que te entendia, e todo aquele papo me fez lembrar dos dias, meses e horas douradas de cinco meses atrás. Não me senti incomodada com a tua presença como outrora, e isso é algo que me alegra, já que eu realmente gosto de você e deles. Deitar lá, na grama suja da nossa cidade e olhar para o céu nublado que, graças, não choveu, e não ver sequer uma estrela em toda aquela imensidão, e olha para o lado e ver tanta gente desconhecida, e olha para o outro ver você, vê-la, ver todas as pessoas que eu considero cada vez mais nesse ultimo ano me fez perceber que está melhorando. Meu céu rosa me abandonou definitivamente e eu ainda sinto falta da beleza dele de vez em quando, quando ando pelas ruas dessa cidade-bairro minúscula e calorenta. Cheia de lembranças. Não sei muito bem para que se destina esse post, talvez seja para deixar arquivado o dia em que meus ombros - e meu coração- ficaram mas leves, mais calmos, menos doídos.

Mas eu ainda me sinto impotente.

domingo, 13 de setembro de 2009

Hold it in front of your eyes once more.

Eu tenho vário pensamentos aqui, pensamentos tão bonitos, tão esclarecedores, tão interessantes... Mas não consigo verbalizá-los, não consigo colocá-los em palavras. E eu sinto, cada vez mais, que nunca vou conseguir fazê-lo.
Certos ruídos me irritam. Meus olhos ardem e eu não encontro um livro que me agrade. Mas continuo sendo. Tenho que. Acho que eu só queria permanecer deitada na minha cama com meu cachorro, acendendo e apagando o abajur.
O que tem mudado são os objetivos, as vontades. As pessoas. E meus cabelos voltaram a cor normal.

E eu não esqueci de você e nem do que sinto, até porque, você está no meu coração. Todas as vezes.

sábado, 12 de setembro de 2009

Tudo aquilo, nada disso.

O amor que você nega é a dor que você carrega.
E sobrou só meu velho vício de sonhar, de pular de precipício.





Em precipício.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Stardust

Os pássaros cantavam em um tom assustado na rua que já havia amanhecido. Os carros passavam fazendo um barulho irritante, atrapalhando os pássaros e acordando-o. A luz do Sol que entrava pela janela batia exatamente nos olhos dela, que mesmo com todo o barulho e claridade, permanecia com os olhos fechados e com o sorrisinho sonso no rosto fino, coberto por sardas e mais sardas. Ele teve dificuldade em abrir os olhos. Lembrou-se que sonhou com dinossauros e prédios. Destroços, barulho, gente morrendo. Essas coisas feias para se sonhar com. Tateou o criado mudo ao lado para pegar o celular. Após alguns segundos, achou e apertou algum botão qualquer. Descarregado. Deitou a cabeça com violência no travesseiro novamente. Precisava sair dali. Não queria olhá-la. Tal beleza o deixava envergonhado. Fazia-o se sentir... sortudo demais, e ele nunca foi do tipo que teve muita sorte. Observou um quadro novo, com algumas linhas roxas e azuis, alguns triângulos e quadrados rosas, que estava pendurado no centro da parede verde musgo à frente. Achou bonito. Viu o nome dela escrito, em letras miúdas, no canto esquerdo. Sempre teve uma boa visão, e foi exatamente isso que o ajudou a vê-la brilhando na esquina da rua do bar, dois anos atrás. Mesmo depois de um tempo consideravelmente longo, sentia, com frequência, de que era tudo um sonho. Meio bonito, meio bagunçado, meio utópico demais pra ser verdade. Lembrou dela noite passada, no vestido cinza e vermelho que ele havia dado a ela, que realçava seu cabelo laranja e suas pintas, que mais pareciam pequenas estrelas. Deu um sorriso torto e se sentiu idiota. O cachorro estava no chão, parado, olhando para ele com cara de deboche, se é que cachorros possuem essa "cara". Sentou na lateral da cama, esfregou os belos olhos castanhos e olhou rapidamente para ela, que ainda brilhava, mesmo depois de duas primaveras. Dirigiu-se cuidadosamente a cozinha com o cachorro o seguindo. Esvaziou o cinzeiro no lixinho e guardou o vinho na geladeira. Antes que percebesse, os dedos longos dela estavam entre os fios de seu cabelo e sua bela voz rouca cantava: Twist your head around, it's all around you, all is full of love, all around you. Ela virou-se, fazendo com que ficassem frente a frente. Deu um beijo tranquilo nos lábios secos dele e saiu quase que flutuando, pegando o pequeno cachorro no meio do caminho e abraçando-o com carinho. Ao observá-la, ele esqueceu até das coisas que ele sabia de coração.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Like Pierrot, the clown.

Respire-me toda vez que você fechar o olhos. Sinta o meu gosto toda vez que você chorar. Essa memória irá desaparecer e morrer. Então, só por hoje, respire-me e diga adeus. How many times? Now I cant look you in the eyes. Vire-se quando perceber que eu estou vindo, pelo menos de vez em quando. Eu não quero mais tentar, pois cada palavra vinda de você é uma mentira.

When I dream, I dream... your lips.
When I dream, I dream... your Kiss.
When I dream, I dream.. your fists.